
22 de janeiro de 2010 | 09h53
O mapeamento dessas instituições - de ensino fundamental e médio - é feito anualmente pelo diretor pedagógico da Escola Cidade Jardim/PlayPen, Lyle Gordon French. Não há números oficiais de colégios bilíngues nem legislação específica sobre seu funcionamento, o que exige dos pais maior atenção com infraestrutura e proposta pedagógica na hora da escolha.
"Está crescendo a demanda do mercado", explica o diretor. "Os pais querem que seus filhos estejam habilitados para cursar uma universidade no exterior ou disputar uma vaga no mercado de trabalho que peça fluência em outro idioma."
De maneira geral, os colégios bilíngues funcionam em período integral. Metade das aulas é ministrada em português e o restante em outro idioma - em muitos casos, como nas escolas alemãs, por exemplo, há uma carga horária intensa em alemão e também inglês. Diferentemente das escolas estrangeiras, que seguem calendários e currículos de outros países, as bilíngues adotam as datas e as diretrizes nacionais. Nas instituições tradicionais, a grande maioria dos professores é estrangeira ou fez faculdade nos Estados Unidos ou Canadá.
Mensalidades
Outro fator que explica o crescimento dessas instituições nos últimos anos é a abertura de escolas voltadas para a classe média, com mensalidades mais baixas - os colégios tradicionais custam, em média, R$ 2.500 ao mês para o primeiro ano do ensino fundamental.
"Desde que abrimos, preenchemos todas as vagas, os pais que não aprenderam inglês na infância e sentem hoje dificuldade, querem que seus filhos estudem em escola bilíngue", explica a Teca Antunes, diretora do Colégio Santa Amália, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
Encontrou algum erro? Entre em contato