02 de outubro de 2009 | 19h32
A presidente do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), Itana Marques, responsável pela execução do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), disse nesta sexta-feira, 2, que todos os critérios de segurança previstos no contrato foram cumpridos e que a credibilidade do exame está assegurada. Veja também: Blog da Renata Cafardo: Bastidores do vazamento do Enem Exame deve ser aplicado na 1ª quinzena de novembro MEC deve manter endereços das provas PF mira impressão e distribuição das provas Professores recomendam estudar; tire suas dúvidas Na web, alunos lamentam e festejam cancelamento Enem fraudado é disponibilizado para simulados pelo MEC TV Estadão: Ministro da Educação fala sobre vazamento Há mais de oito horas os representantes das empresas que compõem o consórcio estão reunidos com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para reorganizar a logística da aplicação da prova. A data ainda não foi definida e os detalhes do cronograma só devem ser divulgados na segunda-feira, 5. "O fato, para nós, também foi doloroso e traumatizante. Estamos dispostos a fornecer todas as informações necessárias à Polícia Federal para que o caso seja esclarecido", disse Itana, que classificou o vazamento da prova como "caso de polícia". O presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, disse que o objetivo da reunião não é investigar onde ocorreu a fraude porque isso, segundo ele, é função da PF. Sobre a competência do Connasel para aplicar o Enem, Reynaldo disse que não existe nenhuma grande empresa de seleção que não tenha passado por problemas como fraudes ou vazamento de informações e por isso esse não foi um critério de escolha. Itana também afirmou que toda empresa conhece os riscos de enfrentar um problema como esse quando participa de um processo licitatório. Segundo ela, o processo de distribuição das provas foi interrompido logo depois que o vazamento foi confirmado. As provas foram recolhidas e estão armazenadas em um local sigiloso. Elas estão à disposição da PF para investigação. O Connasel foi formado para participar da licitação do Enem 2009 e é composto pela Funrio, pela Consultec e pelo Instituto Cetro. A Consultec, que é da Bahia, já teve problemas de fraudes em vestibulares, inclusive com o vazamento de provas. Mas segundo Itana, não há "analogia" entre os dois casos. A reunião deve prosseguir durante todo o fim de semana e as definições mais concretas, como as novas datas de aplicação da prova, só devem ser anunciadas na segunda-feira.
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