PUBLICIDADE

Conselho faz sessão solene pelos 70 anos da USP

Acadêmicos, governador e diretor do Estado lembram como a universidade mudou a história do País

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), secretários de Estado, parlamentares, acadêmicos e o diretor do jornal O Estado de S. Paulo, Ruy Mesquita, participaram neste domingo da sessão solene do Conselho Universitário, em comemoração aos 70 anos da Universidade de São Paulo (USP). Durante a solenidade no Palácio dos Bandeirantes, foram lembradas a tradição e a importância da instituição no Brasil e sua projeção mundial. "Pela ciência, vencerás, é o lema da USP. Pela ciência, está vencendo há 70 anos", disse Alckmin. "A história moderna do Brasil se divide em duas fases: antes e depois da USP", afirmou Ruy Mesquita, que compôs a mesa das autoridades, ao lado do governador e do reitor Adolpho José Melfi, entre outros. A participação de Julio de Mesquita Filho (pai do diretor do jornal) e do então interventor federal em São Paulo Armando de Salles de Oliveira no processo de fundação da universidade, em 1934, foi lembrada nos discursos. São Paulo "A universidade era necessária para que São Paulo voltasse a ser hegemônica na República", disse Ruy Mesquita. Ele ainda ressaltou a importância da USP na formação do quadro de professores em praticamente todas as instituições de ensino superior do País. "O resto é conseqüência." "Cá estamos, o saber diante do poder", disse o professor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco Antonio Junqueira de Azevedo, cujo discurso abriu a solenidade. O professor defendeu a adoção do sistema de cotas para negros nas universidades públicas. "Visa ao futuro (as cotas), abrindo caminhos para um Brasil melhor." Após a sessão solene, Alckmin afirmou ter "simpatia" pela idéia, desde que inclua alunos de escolas públicas. "Sou o típico paulista, cursei o ensino médio em escola pública e fiz faculdade particular. Devemos aprofundar um estudo (sobre cotas) e só teremos uma posição definida mais tarde." Orçamento O governador destacou ainda a complementação dada pelo governo ao orçamento das universidades estaduais paulistas, como a verba destinada ao novo campus da USP na zona leste e às próximas unidades da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no interior e na capital. O reitor Melfi reclamou do fato de as universidades públicas estarem sendo atualmente chamadas de elitistas e custosas para o governo. "É preciso lembrar que as universidades são as grandes produtoras de ciência e tecnologia do País." Para o reitor, o "ponto alto" da comemoração dos 70 anos da USP é a abertura do campus da zona leste, que deve ser concluído este ano. Protesto Alunos de graduação e pós-graduação da USP, no entanto, ensaiaram um protesto. Eles questionaram a falta de moradia estudantil no novo campus. "Inviabilizando a permanência de muitos estudantes menos abastados na universidade, tal qual ocorre em todos os atuais campi", dizia a carta aberta enviada ao Conselho Universitário. Os estudantes burlaram a segurança e entregaram ao reitor e ao governador uma cópia da carta. Alckmin disse que o protesto estava registrado e o documento seria entregue à comissão que cuida da construção da USP Leste. Os alunos questionaram também a falta de democracia na estrutura administrativa da universidade, que indica reitores de forma indireta. if($IMPRIME != "NAO"):?>clique para ler o especial USP 70 Anos em endif; ?>

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.