A abertura de 49 mil vagas do concurso para professor da rede pública paulista criou uma boa oportunidade para os professores com deficiência física. Como a lei exige que 5% das vagas de todos os concursos brasileiros sejam destinados a deficientes, 2.450 postos de trabalho foram abertos a eles. Além de passar pelo teste, entretanto, o professor precisa provar que tem saúde suficiente para desempenhar a atividade. "Se a deficiência não for grave, ele pode assumir o cargo sem problemas", conta a diretora de Recursos Humanos da Secretaria Estadual de Educação, Maria Luiza Haddad Beiro. O mais comum é haver professores com graus leves de cegueira ou paraplégicos. "Nesse caso, a comunicação é perfeita", diz a professora. "E o problema da locomoção é facilmente resolvido." Prova especial Na ficha de inscrição, os candidatos deficientes devem assinalar sua condição física e solicitar, se necessário, o pedido de realização de prova especial (em Braille ou ampliada). No período de inscrição, o candidato precisa apresentar um laudo comprovando o grau e tipo de deficiência que apresenta. São esperados cerca de 200 mil candidatos em busca das 50 mil vagas. Para os que têm deficiência, porém, a concorrência deve ser menor. Atividades Se aprovado no concurso, o professor pode escolher entre uma lista especial de atividades, mas precisa passar por uma perícia médica em que sua aptidão e sua deficiência serão testadas. Nos últimos concursos da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, 11 professores com deficiência física estavam entre os 704 aprovados.