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Companhias turbinam estágios para 2005

Nova safra de programas procura aumentar a ligação dos estagiários com as empresas, aproximando-os do perfil de trainees e aumentando chances de contratação

Por Agencia Estado
Atualização:

Várias empresas anunciam neste mês, como é típico no segundo semestre, a abertura de processos de recrutamento de estagiários. Na temporada deste ano, porém, organizações estrangeiras que chegaram há pouco tempo ao País tornam a concorrência por novos talentos ainda mais acirrada, com promessa de oportunidades de desenvolvimento profissional. As tradicionalmente reconhecidas como referência na formação de jovens ? muitas vezes mais disputadas do que vestibulares de universidades públicas ? propagam inovações. Entre as que estão com programas abertos estão Tim, Esso, IBM, Rhodia, Unilever e IBM, Motorola. Vitaminado como trainee A Tim, por exemplo, acaba de reformular o seu programa e agora o relança com o nome de Estágio Vitaminado, que anuncia perspectiva de carreira em outro país, redução e flexibilidade na carga horária, cursos externos e padrinhos e madrinhas para o desenvolvimento profissional. ?Nós adaptamos o programa pois as realidades dos dois países são diferentes. Na Itália, ele seria o equivalente a um programa de trainees?, explica Andréa Krug, gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos da TIM. Promessa de contratação Também em curso, o Programa da IBM, asseguram executivos, promete contratações em número expressivo. ?É a segunda maior fonte de recrutamento. Um total de 18% de nossas posições no ano passado foram fechadas através da efetivação de estagiários (35% do total de estagiários). No ano passado, 150 estagiários foram efetivados?, diz Luciana Camargo, gerente de Talentos da IBM Brasil. ?As últimas modificações no programa aconteceram no início de 2003, com a inclusão da avaliação formal de desempenho anual e ao final do estágio.? Na Unilever, a ênfase vai para o desenvolvimento. ?Damos tempo ao estagiário para que ele aprenda, com oportunidade de criar projetos ligados à estratégia da empresa, oferecendo perspectiva de futuro dentro ou fora da companhia?, assegura Adriana Chaves, gerente de Recrutamento e Seleção da empresa. Tempo para tudo Marisa da Silva, consultora da Career Center, salienta que é importante ingressar no mercado de trabalho nos primeiros anos da faculdade ou de um curso técnico. ?É nesta fase que poderá experimentar diferentes áreas e empresas para poder dar um foco na sua carreira antes de se formar na faculdade.? Ela diz, entretanto, que o jovem deve ponderar se pode levar as duas atividades juntas e ter bom desempenho nas duas, ou seja, saber se organizar e conciliar estudo e trabalho. Deve também considerar se o trabalho que vai executar proporcionará contato com atividades relacionadas ao estudo. Obrigatoriedade ?Hoje existe uma obrigatoriedade de se ter um estágio para se formar, então, não há como escapar dele?, afirma a consultora Irene Azevedo, da Mariaca, empresa especializada no recrutamento de executivos. Ele se tornou vital para um diploma, pondera. Além disso, lembra ela, ?o profissional fica já conhecendo a cultura, os processos e as pessoas da empresa e a empresa tem tempo de também avaliar este profissional. É uma rua de mão dupla, todos saem ganhando.? Passaporte Irene explica que, como porta voz do mercado de seleção de executivos, vê os processos de estágio de uma maneira positiva, pois já ser contratado para uma estágio significa, na grande maioria dos casos, ter passado por uma série de testes e entrevistas. Este profissional, de certa forma, já começou a ser testado em algumas competências. ?É um início, e como nos últimos anos, passamos por um período de retração na economia, só o fato de conseguir um estágio em algumas empresas, já era um bom passaporte.?

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