Com votação da reforma da previdência adiada, professores retornam às aulas

Docentes estavam em greve há 20 dias contra a proposta do prefeito João Doria (PSDB)

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Por Isabela Palhares
Atualização:

SÃO PAULO - Após 20 dias de paralisação, os professores da rede municipal de São Paulo retornaram às aulas nesta quarta-feira, 28. A greve foi suspensa pela categoria após a votação da proposta de reforma da previdência do prefeito João Doria (PSDB) ser adiada em 120 dias pelos vereadores da Câmara Municipal. 

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Servidores públicos se reuniram na frente da Câmara Municipal de São Paulo para protestar contra o projeto de reforma da Previdência municipal Foto: WERTHER SANTANA|ESTADÃO

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De acordo com o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem),  a categoria mantem o posicionamento contrário à proposta e a retomada da greve caso seja levada à votação novamente. A Secretaria Municipal de Educação (SME) confirmou que as aulas foram retomadas nesta quarta e que todas as escolas da rede funcionaram normalmente. 

O adiamento da votação foi anunciado na terça-feira, 27, pelo presidente da Casa, Milton Leite (DEM), e decreta dura derrota ao prefeito, que pretendia aprovar a reforma até o dia 6, quando deixa o cargo para concorrer ao governo do Estado nas eleições. Mais cedo, na tentativa de conseguir apoio, Doria havia condicionado o reajuste do piso do funcionalismo à aprovação da reforma. 

O sindicato informou que já garantiu com a secretaria o pagamento dos dias paralisados e que a reposição das aulas será debatida com a SME e depois deverá ser aprovadas nas unidades escolares. 

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Em nota, a secretaria informou que os 200 dias letivos previstos em lei serão cumpridos em todas as escolas e que o calendário de reposição precisa ser aprovado pelo Conselho Escolar e homologado pela respectiva Diretoria Regional de Educação. A pasta informou que o pagamento dos dias parados será feito mediante a reposição das aulas perdidas.

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