Com cartão, censo escolar será em tempo real

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública terão de usar um cartão magnético para entrar e sair da escola, a partir do ano que vem, quando o governo pretende começar a instalar o sistema de controle digital de freqüência. A intenção do governo é receber diretamente das escolas as informações de número de alunos e freqüência. A diretora da escola poderá repassar os dados da máquina para qualquer computador e retransmiti-los para as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e para o próprio MEC. Com isso, o ministério poderá ter em tempo real as informações do censo escolar, que hoje tem um ano de defasagem. Entre outros problemas, isso faz, por exemplo, que uma escola receba mais ou menos livros didáticos do que deveria. "A movimentação de alunos de uma escola para outra e até de um município para outro é muito grande. Essa defasagem de dados causa perdas tanto para o governo federal quanto para os Estados e municípios", afirma o secretário-executivo do Ministério da Educação, Fernando Haddad. Esquecidos ou perdidos O sistema leva em conta uma característica especial de crianças e adolescentes: a alta probabilidade de esqueceram os cartões em casa ou mesmo os perderem. Por isso, o controle poderá ser feito também por uma máquina leitora de digitais. "A digital será uma alternativa, caso a criança não tenha o cartão na hora de entrar na escola. Mas o seu uso terá de ser autorizado pelos pais", explicou Haddad. A intenção do MEC é começar a pôr o sistema em funcionamento em abril. Uma licitação será aberta em janeiro para selecionar a empresa que vai fornecer o equipamento. Todo o custo - cerca de US$ 150 por máquina - será pago pelo ministério. Os Estados e municípios terão simplesmente de aderir, ou não, ao sistema. O Rio Grande do Sul, por exemplo, já definiu que participará assim que o programa estiver disponível. "Acho que é um sistema que pode beneficiar todos", disse Haddad.

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