CNI pede mais investimento em cursos de engenharia

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Por Agencia Estado
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer incentivos do governo para o crescimento de cursos superiores nas áreas de engenharia e ciências exatas, de modo a melhorar o desenvolvimento tecnológico do País. E também aproximar o que é ensinado nas faculdades das necessidade da indústria. As propostas foram apresentadas nesta quinta-feira ao ministro da Educação, Tarso Genro, em um documento sobre a reforma universitária preparado pela CNI. O governo deve concluir neste mês um projeto de reforma do sistema de ensino superior. O levantamento preparado pela confederação mostra que 68 7% dos cursos de graduação do País são na área de Ciências Humanas e Sociais. Apenas 10,8% estão nas engenharias e outros 4% nas demais ciências exatas. "Os países que tiveram um avanço tecnológico investiram no crescimento dessas áreas", afirmou Marcos Formiga, assessor técnico da CNI. Universidades e indústria Outro ponto essencial para a Confederação é aproximar a pesquisa universitária e as indústrias para desenvolver tecnologia. Apesar de estar em 19.º no ranking mundial de produção intelectual, o Brasil não tem uma posição favorável em registros de marcas e patentes - indício de que a produção de tecnologia e inovação ainda precisam ser desenvolvidas. "Uma maior aproximação entre esses campos é extremamente necessária, mas é preciso uma legislação adequada. Hoje é extremamente difícil essa relação", disse o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto. Convênios próprios A legislação atual torna difícil que as universidades públicas - maiores responsáveis pela pesquisa científica no País - façam convênios próprios, recebam recursos ou tenham seus professores contratados para fazer pesquisas para empresas privadas. "É uma queixa que as instituições também têm. São amarras que existem na legislação. Mas já fui autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mudar o que for possível mesmo antes da reforma universitária", disse o ministro.

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