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Classroom TV reúne videoaulas de universidades renomadas

Site que oferece mais de 10 mil vídeos terá instituições brasileiras e versão em português

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Por Redação
Atualização:

Suponha que você tenha uma dúvida específica, quer aprender um assunto sem compromisso ou até quer se envolver com mais afinco em um tema, mas não tem muito tempo. Ou que não quer fazer um curso inteiro, mas também não quer se aventurar pela internet sem nenhuma orientação. Pois saiba que você não está sozinho e, para atender a demanda desse público crescente e exigente, um ex-aluno de Stanford lançou o Classroom TV, um site que reúne mais de 10.000 videoaulas de grandes universidades do mundo e as disponibiliza gratuitamente para qualquer interessado. E, em breve, a plataforma terá instituições brasileiras e versão em português.

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“Existem várias iniciativas nessa área. Boa parte de nós divide uma visão parecida, mas, ao mesmo tempo, estamos atacando o problema de maneiras muito únicas”, diz Eduardo Abeliuk, fundador da plataforma. Para o jovem, que começou a idealizar o Classroom TV enquanto terminava seu PhD em Stanford, o primeiro diferencial que oferece é reunir videoaulas de alta qualidade várias instituições em conteúdo educacional aberto, em vez de produzir vídeos eles mesmos, como faz a Khan Academy. ”Nós nos certificamos de que todas as aulas indexadas na nossa plataforma são de alta qualidade. Além disso, nosso foco é mais em educação superior do que básica”, afirma.

Pelo Classroom TV, o aluno pode escolher as videoaulas por disciplinas, universidade ou por tema. A maior parte das videoaulas foi gravada em sala de aula mesmo, com o professor em ação. Por isso, são vídeos longos, que podem ter mais de uma hora de duração. Como também existem alguns vídeos da Khan Academy, não é difícil encontrar aulas de 15 minutos, especialmente nas áreas de exatas e de ciências da natureza. Mas se o assunto for difícil demais, o usuário pode marcar o ponto onde teve dúvida, inserir uma pergunta e esperar que algum dos colegas responda ou até mesmo fazer um comentário que agregue informação ao conteúdo apresentado. Entre os quatro pilares do Classroom TV está, em primeiro lugar, o fato de que todos devem ter acesso à educação de altíssima qualidade e, em seguida, que as pessoas aprendem mais se interagirem com os colegas.

A plataforma permite ainda que os estudantes acompanhem a evolução de seu desempenho e façam exercícios. “Conforme as aulas se tornam mais avançadas, mais tecnologia é necessária para se avaliar. E estamos trabalhando no desenvolvimento dessas tecnologias”, diz Abeliuk. Por ser um site aberto, os alunos podem sugerir avaliações e melhorias e montar seus próprios testes. Outra funcionalidade disponível ao usuário é que ele monte seus planos de estudos. Pelo padrão de aulas escolhidas pelos alunos e seus interesses em determinados assuntos, o Classroom TV ainda sugere vídeos individualmente.

O Classroom TV começou há um ano e hoje tem 12 funcionários divididos em dois grupos: um é responsável pelo desenvolvimento tecnológico e o outro cuida do relacionamento com as instituições que adotam o sistema. “Estamos agora procurando universidades no Brasil e em outros países da América Latina”, diz o fundador da empresa, que tem escritório em Palo Alto, onde convive com muitas startups de edtech, e em Santiago. No Chile? “O Chile não só tem engenheiros excelentes como tem boa parte das melhores universidades da região. Então é bom estar por perto”, afirma. Tão perto que uma das perspectivas para um futuro em curto prazo é o lançamento da plataforma em português, voltada para o público brasileiro.

“Com certeza a educação está mudando e isso está ocorrendo muito mais rápido do que pensamos. Não existe uma solução única para educação, mas certamente ela precisa ser personalizada para que cada estudante possa satisfazer seus próprios interesses, em seu próprio tempo e ritmo”, diz o empreendedor. “Achamos que algumas disciplinas podem ser ensinadas 100% on-line. Em outros casos, uma abordagem híbrida faz mais sentido. Para essa nova geração de alunos, que já nasceu na era da internet e das redes sociais, a adaptação para esse modelo será muito fácil”, completa.

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