Cinema: mais do que simples idéias na cabeça

Aluno conhece todas as fases de uma produção e busca bagagem cultural. Curso aproxima jovens de pessoas que já estão no mercado

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Por Agencia Estado
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Luz, câmera, profissionalização! Para quem sonha em trabalhar por trás da telona, um caminho é estudar Cinema. Na faculdade, o aluno passa por todas as fases de uma produção, além de cursar disciplinas humanísticas. E o que pode ser mais importante: conhece pessoas que trabalham nesse meio. Essa é a motivação de Paulo Marcelo Tavares (foto), de 23 anos, que vai enfrentar a maratona de vestibulares para tentar uma vaga no curso. ?Começar do nada é difícil, tem que conhecer gente.? Paulo já escreve para um site especializado em cinema, mas acha que é preciso estudar mais para realizar seu ?sonho de infância?: ser diretor e roteirista. Mas não se faz um filme apenas com roteiro e direção. Uma produção precisa de cenário, luz, som, edição. Tudo isso o aluno aprende a fazer na faculdade de Cinema. Saindo um pouco da telona, outro grande mercado é o de publicidade e o de filmes institucionais. Por falar em mercado, será que a retomada do cinema nacional abriu vagas para profissionais da área? Para o coordenador do curso de Cinema da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), José Gozze, o ramo de longas-metragens vem crescendo. ?Mas o cinema publicitário e institucional continua a ser o maior empregador.? Estágios em produtoras O primeiro trabalho do aluno de Cinema costuma aparecer lá pelo meio da faculdade. ?Na metade do curso, a maioria consegue estágios ou trabalho em produtoras?, diz Gozze. Já o gostinho de estar em contato com o meio chega mais cedo. Nos primeiros semestres, as faculdades costumam oferecer algumas disciplinas específicas, como roteiro, vídeo, fotografia, processo de realização do filme e linguagem cinematográfica. O curso mistura matérias técnico-profissionais e de formação humanística. Já a prática se concentra nos últimos anos. Fica aquela velha dúvida: é preciso fazer faculdade para trabalhar em cinema? Não, diz Gozze. ?Mas quem só tem a prática pode ter os dados técnicos e sentir falta da cultura humanística.? O coordenador conta que é comum profissionais que já trabalham na área voltar aos bancos da universidade. Convencido? Então se prepare porque a concorrência vem crescendo. Em 1996, a relação candidato/vaga na Universidade Federal Fluminense (UFF) era de pouco mais de dez; no ano passado, ultrapassou 20.

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