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Cerca de 6,5 mil deixam de fazer 1.ª fase da Fuvest

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 6.500 dos 154.514 inscritos deixaram fazer primeira fase da Fuvest 2005, neste domingo, uma taxa de ausência de 4,27%, a mesma do ano passado. Gisele Pereira de Souza está entre os que não fizeram a prova. Agarrada aos portões recém-fechados da Universidade São Judas, na zona sul de São Paulo, ela apenas pedia: ?Moço, deixa eu entrar, por favor.? Não pôde, porque chegou alguns minutos depois das 13h00. Em seguida chegou Dulcinéia Barbosa da Silva, de 43 anos. Ela levantou cedo na zona norte, tomou duas conduções, mas, com a demora, saltou do ônibus e ligou para o noivo para que a levasse ao vestibular de carro. Em vão. Bruna Monteiro, de 17 anos, também não conseguiu. Por causa de um minuto de atraso, as três perderam o concorrido vestibular da Fuvest e adiaram o sonho de estudar na USP. Desde as 11h00 Às 11h00, muitos vestibulandos já estavam a postos diante do prédio da São Judas. Invariavelmente, diziam estar calmos, mas os rostos apreensivos davam a entender o contrário. Felipe Andrade, de 18 anos, comprou cigarros para aliviar a ansiedade. ?É raro eu fumar, mas hoje preciso ficar relaxado.? Alguns estavam acompanhados dos pais. Ana Filadoro, de 16 anos, dividia o guarda-chuva com a mãe, Cláudia. Treineira de direito, ela não escondia o nervosismo. ?Sou de chorar a noite inteira, como demais e faço tratamento homeopático para ser menos estressada?, conta a menina, que diz estudar dez horas por dia em casa, fora a escola. ?Eu preciso mandar ela parar de estudar, acredita? É assim de domingo a domingo?, disse a mãe. Saída Às 17h00, faltando uma hora para o encerramento da prova, a estudante Marília Pazoti, de 18 anos, saía da sala. ?Achei mais fácil que a do ano passado. Na parte de literatura, não era preciso ter lido todos os livros indicados. E física e química não estavam tão difíceis para quem estudou?, contou Martília, que tenta uma vaga em letras. Leonardo Daniel, que fez prova para música, encontrou dificuldades na parte de exatas. ?Biologia teve poucas questões de genética, achei que seria bem mais. Geografia foi tranqüilo, caiu bastante interpretação de gráficos?, afirmou.

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