
19 de maio de 2011 | 18h38
Após reunião com o vice-reitor da USP, Helio Nogueira da Cruz, e com o chefe de gabinete da reitoria da universidade, Alberto Carlos Amadio, os alunos do CA da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) afirmaram que ainda não sabem se posicionar sobre a presença da polícia militar no câmpus da Cidade Universitária. Na noite da quinta-feira, 18, o aluno Felipe Ramos de Paiva foi assassinado no estacionamento da unidade. Nesta sexta-feira, o conselho da USP se reunirá em sessão extraordinária, a partir das 10 horas, para debater medidas de emergência.
"O CA ainda não se posicionou sobre a PM, porque ainda não discutimos com os alunos", afirmou Maíra Madrid, diretora-presidente do centro acadêmico. Maíra já adiantou que será acelerado o processo de licitação para nova iluminação no câmpus e afirmou que, só no último mês, dois alunos da unidade sofreram sequestros-relâmpagos.
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Outra medida mencionada durante a reunião, contou Maíra, é a ampliação do número de guardas universitários no câmpus do Butantã, que hoje são cerca de 100. Estuda-se, além de ampliar o efetivo da guarda, que sejam implantadas rondas mais constantes.
Em entrevista à rádio Estadão/ESPN, o reitor João Grandino Rodas afirmou que, mesmo com dedicação, a Guarda Universitária não é "suficiente" para dar conta da violência no câmpus.
Segundo Rodas, alguns setores da USP são contrários à entrada de policiais no câmpus, pois lembram dos tempos de ditadura, quando a PM tinha papel de repressora. Ele defende ação preventiva da polícia militar.
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