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Candidatos aproveitam para relaxar antes da Fuvest

Com 137,5 mil inscritos, vestibular é um dos mais concorridos do País; 58 cursos tiveram aumento na concorrência

Foto do author José Maria Tomazela
Por Isabela Palhares e José Maria Tomazela
Atualização:
Ana Luiza Ramos, Luiza Mendes e Alice Garrido se encontraram mais cedo na entrada da prova para conversar e se distrair. Foto: Isabela Palhares/Estadão

SÃO PAULO - Para aliviar a tensão antes da prova da Fuvest, candidatos aproveitam para conversar com colegas e ouvir música. As amigas Ana Luiza Ramos, Luiza Mendes e Alice Garrido, todas de 17 anos, estudam juntas no Colégio Porto Seguro e se encontraram na entrada para a prova, na Fea Usp. 

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+++ Na Fuvest, concorrência é maior em 58 cursos

"Estamos conversando sobre filme e outros assuntos para distrair e não ficar nervosas", disse Ana Luiza, que tenta uma vaga em Medicina. Ela disse ter descansado na última semana já que fez outros quatro vestibulares no último mês. 

A estudante Isadora Egydio, de 17 anos, estava acompanhada da mãe antes da prova. Ela quer uma vaga em Medicina Veterinária e disse que a última semana foi puxada nos estudos,  porque além da Fuvest ainda teve as provas finais do Colégio. "Estudei bastante, mas tentei relaxar também pra não ficar nervosa na hora do vestibular", disse.

Mas nem todo mundo conseguiu relaxar. O estudante Matheus Dutra, de 17 anos, perdeu a Fuvest porque chegou ao local da prova segundos após o fechamento do portão. O jovem, que iria tentar uma vaga em Propaganda e Publicidade, saiu de casa, em Embu das Artes, as 9h, mas não conseguiu chegar a tempo por causa do trânsito e o atraso do ônibus. 

+++ Novos formatos de vestibular em faculdades privadas desafiam alunos

"Fiquei mais de 40 minutos esperando um ônibus no Terminal Butantã e depois ele demorou 40 minutos para entrar na USP por causa do trânsito", contou o estudante. Ele estava acompanhado da mãe Nidia Dutra Tomás, de 45 anos, que ficou nervosa com o atraso no transporte público. "A gente sofre com os ônibus, é sempre lotado e atrasado e agora meu filho foi prejudicado".

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Mateus está no terceiro ano do ensino médio e, apesar de ter prestado outros vestibulares, a vaga na Fuvest era a que mais queria.

Isadora Egydio, de 17 anos, aproveita os últimos momentos antes da prova para conversar com sua mãe. Foto: Isabela Palhares/Estadão

Trânsito. Agentes de trânsito da CET foram acionados para ajudar a liberar o grande fluxo de veículos na entrada da USP pela rua Alvarenga, no Butantã, por causa do Vestibular da Fuvest.

Segundo um a gente, o grande número de veículos fez com que se formasse um congestionamento. O trânsito ficou intenso e os agentes tiveram que liberar os carros, que seguiam sentido a Usp, mesmo com o semáforo vermelho para aliviar o fluxo.

A fila de carros se formou por volta das 12h15, mas o trânsito estava normalizado já às 12h50. Como os portões para a entrada na prova fechavam as 13h, muitos candidatos saíram dos carros e preferiram seguir a pé para o vestibular.

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Interior. O medo de ficar preso no trânsito e perder a prova levou muitos candidatos a antecipar a chegada ao local do vestibular da Fuvest, neste domingo, 26, em Sorocaba, interior de São Paulo. Eles acertaram: o trânsito estava muito confuso na chegada ao prédio da Universidade Paulista (Unip), um dos locais de provas.

O estudante Ricardo Augusto Saito, de 20 anos, chegou com duas horas de antecedência. “Já tive uma experiência ruim por chegar em cima da hora, quase perdi a prova no vestibular que prestei há dois anos”, disse. Ele tentou a Fuvest para conseguir vaga em jornalismo, mas não foi para a segunda fase. Agora, a opção é educação física na USP de Ribeirão Preto.

O candidato Breno Gomes, de 17 anos, morador de Itu, cidade próxima, também foi um dos primeiros a chegar. “É minha estreia em vestibular e estou numa expectativa grande. Fico mais relaxado esperando aqui na frente.” Ele está concluindo o segundo grau e vai tentar uma vaga em engenharia de produção no campus da USP em Lorena, Vale do Paraíba.

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+++ Os desafios do ENEM e da Fuvest

“A concorrência lá é menor do que na Poli (Escola Politécnica)”, disse. Breno fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas não conta com a nota dessa prova para entrar na USP. “O número de vagas é muito pequeno. Minha aposta é na Fuvest, mesmo.”

Candidatos se preparam para a primeira fase da Fuvest no prédio da FEA, na Cidade Universitária. Foto: Rafael Arbex/Estadão
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Mudanças. Com a adoção pela Universidade de São Paulo (USP) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como método alternativo de ingresso, o total de vagas em disputa pela Fuvest é menor e a concorrência, maior. Dos 105 cursos em oferta, mais da metade (58) teve aumento na concorrência em relação ao ano passado.

Os 137,5 mil inscritos vão concorrer a 8.402 vagas pela Fuvest – eram 8.734 na última edição. Neste ano, a USP reservou 25% das vagas (2.745) para serem disputadas pelo Enem. E, pela primeira vez, haverá cota de 37% para alunos da rede pública e, dentro desse grupo, 37% para pretos, pardos e indígenas (PPIs). Esse patamar de cota em cada curso será atingido com a reserva de vagas pelos dois sistemas: Enem e Fuvest.

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