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Brasil, um país de muitos alunos para poucos professores

Por Agencia Estado
Atualização:

Dados da edição de 2002 da pesquisa World Education Indicators (WEI), realizada pela Unesco e pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostram que o Brasil tem 35,6 estudantes por docente no nível secundário. É a maior proporção entre 45 nações ricas ou em desenvolvimento que participaram da pesquisa. Para efeito de comparação internacional, o secundário vai da 7ª série do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio. O levantamento utiliza dados de 2000. Nos países desenvolvidos, segundo a Agência Brasil, a média de aluno por professor é de 14,3 e nos em desenvolvimento, 21,7. O Brasil apresenta um índice bastante superior ao dos demais países da América Latina que participaram da pesquisa. Na Argentina, por exemplo, a relação é de 11,2; no Peru, de 18,5, e no Uruguai, de 14,9 alunos por docente. Mais próximos dos índices brasileiros estão o Chile e o México, respectivamente com 30,2 e 31,7 alunos por professor. Entre todos os países que participaram do WEI, Portugal tem o menor índice: nove estudantes por docente em sala de aula. Em seguida, vêm Luxemburgo, com 9,2, e Bélgica, com 9,7. Mesmo nos países maiores, do ponto de vista populacional e territorial, e que possuem mais similaridade com o Brasil, a situação é bastante diversa. É o caso do Estados Unidos, com 15,2; Índia, com 16,1, e China, com 16,4 alunos por docente. No Brasil, considerando apenas o ensino médio, a quantidade média de alunos por turma é de 37,2, segundo o Censo Escolar 2002. Nas escolas privadas, essa relação é de 32,6 e nas públicas, de 38 estudantes por turma. A região Sul tem a melhor situação no País: são 33,2 estudantes por turma e não existe diferença significativa entre a rede pública e a privada. Já a região Nordeste apresenta o maior número de estudantes por turma: 39,7. Na rede pública nordestina, a relação é de 40,2 alunos de ensino médio por turma.

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