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Brasil só ganha do Peru no ranking de matemática e ciências da Unesco-OCDE

Os países latino-americanos tiveram sua performance marcada não apenas pelo baixo desempenho, mas pela enorme disparidade de conhecimentos entre alunos de famílias ricas e pobres

Por Agencia Estado
Atualização:

Se o Brasil ficou em péssima posição no ranking da Unesco e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre capacidade de leitura de adolescentes, pior ainda foi a performance em matemática e ciências. Segundo o estudo Alfabetização para o Mundo de Amanhã - apresentado antecipadamente pelo Estado na terça-feira -, o País só ficou à frente do Peru. Em matemática, foram 334 pontos dos 560 pontos possíveis, contra 292 do Peru; em ciências, dos 552 pontos possíveis, os brasileiros marcaram 375, atrás do México, Chile e Argentina. Os cinco países latino-americanos que participaram da pesquisa ficaram com as últimas posições. O estudo abrangeu 43 países, 30 deles membros da OCDE ? na maioria, países desenvolvidos. Desafios do futuro Composta por provas de leitura, matemática e ciências feitas por 4,5 mil a 10 mil alunos de 15 anos ? o tamanho da amostragem variou de acordo com o país ?, a pesquisa teve por objetivo checar como os jovens estão se preparando para enfrentar os desafios do futuro. Quanto ao nível de compreensão de leitura, os estudantes brasileiros ficaram na 37.ª posição, acima apenas de Macedônia, Albânia, Indonésia e Peru. Os melhores desempenhos ficaram por conta dos estudantes da Finlândia, asiáticos e norte-americanos. Os países latino-americanos tiveram sua performance marcada não apenas pelo baixo desempenho, mas pela enorme disparidade de conhecimentos entre alunos de famílias ricas e pobres. O mesmo fenômeno se verifica nos países em que o sistema de ensino prevê a repetência: os de camadas mais pobres tendem a ser retidos numa determinada série com mais freqüência.

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