Brasil ganha medalhas em Olimpíada de Astronomia

Competição ocorreu em Mumbai, na Índia; brasileiros levaram prata e bronze

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Por Agencia Estado
Atualização:

Dois dos seis integrantes da equipe que representou o Brasil na 11ª Olimpíada Internacional de Astronomia retornaram com peso extra na bagagem. Felipe Gonçalves Assis, 17 anos, de Campina Grande (PB), ganhou medalha de prata, e Hugo Fonseca Araújo, 15 anos, de Juiz de Fora (MG), levou bronze. A olimpíada foi realizada em Mumbai, na Índia, de 10 a 19 de novembro, e os participantes retornaram na terça-feira, dia 21. A equipe, liderada pela professora Nuricel Aguilera Villalonga, da Universidade Paulista, e por Carlos Alexandre Wuensche, pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), teve seis integrantes. As equipes do Brasil e da Indonésia eram as únicas, dentre as 15 equipes participantes, do hemisfério Sul. As Olimpíadas Internacionais de Astronomia, desde sua criação, sempre foram organizadas no hemisfério Norte, o que representa uma desvantagem adicional para a equipe brasileira, que tem que realizar provas observacionais frente a um céu não familiar - algumas constelações, por exemplo, aparecem de cabeça para baixo, quando se vai de um hemisfério a outro. Para minimizar a desvantagem, a equipe recebeu treinamento especial no Planetário do Rio de Janeiro, com a reprodução do céu sobre a Índia na época e horários prováveis das provas observacionais. Foram realizadas também provas teórica e prática, de interpretação de informações astronômicas. Os participantes da equipe brasileira foram selecionados pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira e pela Agência Espacial Brasileira. Em 2006, a OBA superou a marca dos 300 mil alunos participantes, de todas as séries do ensino fundamental e médio.

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