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Brasil Alfabetizado começa com 37 convênios para atender 1 milhão

Para não repetir Fome Zero, anúncio do programa foi feito meses depois de o MEC fechar convênios com prefeituras, Estados, empresas e organizações não-governamentais

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de fechar convênios que garantem a alfabetização de cerca de 1 milhão de jovens e adultos, o governo federal está lançando nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, o Programa Brasil Alfabetizado. O anúncio tardio pretende evitar críticas de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala muito e faz pouco na área social. O ministro da Educação, Cristóvam Buarque, assina também documentos com entidades representativas de universidades públicas e particulares para que elas se comprometam a estimular os alunos a serem alfabetizadores. "O estudante que é um alfabetizador será um melhor profissional", diz o ministro. Segundo ele, as universidades poderão dar créditos em disciplinas para esses alunos. Como incentivo, Cristovam remanejou R$ 80 milhões do orçamento do ministério - que seriam destinados a programas de alfabetização - para engordar a verba das universidades. 37 convênios O programa existe em 1.768 municípios. Os 37 convênios foram assinados desde o início do ano com prefeituras, Estados, empresas, organizações não-governamentais (ONGs) e outras entidades. Em todos eles, o MEC banca parte das despesas com cada aluno. Não há uma metodologia única de ensino, mas espera-se que os jovens e adultos (acima de 15 anos) sejam alfabetizados em cursos de seis a oito meses. O programa também prevê um incentivo em dinheiro para a primeira carta escrita pelo ex-analfabeto. Até agora, o Brasil Alfabetizado conta com a participação de 56 mil alfabetizadores. A intenção do ministro é de ensinar a ler e a escrever cerca de 20 milhões de analfabetos do País. Empresas A perceria do MEC está sendo firmada juridicamente com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a Associação Nacional de Universidades Particulares (Anup), a Associação Brasileira de Universidades Estaduais e Municipais (Abruem) e com a de Universidades Comunitárias (Abruc). Confederações nacionais de indústria, comércio e agricultura também se comprometerão a alfabetizar funcionários de seus filiados e, em processos de seleção para contratação, dar preferência a candidatos que tiverem o certificado de alfabetização do MEC. Neste domingo, começou a funcionar na Praça dos Três Poderes, em Brasília, o Labirinto do Analfabetismo. O local simula a realidade de uma analfabeto, com placas, ônibus e remédios usando textos com símbolos incompreensíveis em vez das letras.

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