29 de abril de 2009 | 00h58
Dez da noite de segunda-feira, dia 27, na Escola Estadual Luiza Salette Junca de Almeida, na Cachoeirinha, zona norte da capital. Em frente ao colégio, alunos dispensados duas horas mais cedo ouvem música, namoram e jogam conversa fora. No prédio, só um porteiro. Aula vaga é rotina, dizem os jovens da escola com pior média entre as públicas no Enem, com 31, 72 pontos. No Idesp, o colégio foi de 0,87 a 1,16 no ensino médio, índice que garantiu bônus.
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"Faltaram seis professores e dispensaram todos às 9h30", conta Vanessa Alves, 17 anos, do 3.º ano noturno. "Sempre acontece", diz outro estudante, Willian Santos. Para a diretora, Márcia Cristina Letebre, o resultado do Enem foi surpresa. "Poucos alunos fizeram o exame. Parece que, por serem da periferia, não confiam que podem continuar os estudos", diz a diretora, que negou haver aula vaga e não soube explicar a dispensa da última segunda.
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