
25 de outubro de 2011 | 01h17
Ao tomar posse em janeiro, Dilma Rousseff tornou-se a mais nova integrante de uma galeria em crescimento: a de mulheres que ocupam postos de liderança. Nomes como Hillary Clinton, Christine Lagarde, Angela Merkel e Cristina Kirchner representam o amplo exercício das conquistas adquiridas no passado.
Em setembro, a presidente brasileira se tornaria a primeira mulher a abrir a Assembleia-Geral da ONU. Entre outras questões, Dilma exaltou a relevância do fato de que uma mulher, chefe de Estado de um país emergente, fosse a figura escolhida para dar inicio à 66.ª Assembleia-Geral das Nações Unidos. “É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna”, disse.
Mas ela não se limitou à causa feminina. Em seu discurso, exaltou a cooperação entre países emergentes e desenvolvidos para superação dos grandes desafios do nosso tempo. Não se esquivou de expor a posição do Brasil diante de importantes questões humanitárias, mesmo que suas colocações pudessem respingar como ofensa a parceiros econômicos. O tom conciliatório foi muito bem recebido pela comunidade internacional, configurando um passo importante para o País, que busca um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Também este ano, três ativistas dos direitos femininos foram laureadas com o Prêmio Nobel da Paz: a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, sua compatriota Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman. Promovendo políticas de reconhecimento e proteção dos direitos civis, elas lutam pela paz e pela liberdade. Suas ações, inicialmente focada nas mulheres, revelaram-se mais amplas e profusas, beneficiando toda a sociedade civil de seus países.
Tomar as ruas em defesa dos seus direitos não é algo recente no repertório das mulheres na busca por igualdade. A novidade fica por conta da abordagem. A Marcha das Vadias, realizada este ano em vários pontos do mundo, mistura humor a esta causa. Durante a passeata contra o preconceito que aponta o uso de vestimentas provocantes como motivação para crimes sexuais, as mulheres, em protesto, marcham com roupas pequenas e reveladoras, como blusinhas transparentes, lingerie, saias curtas ou apenas de sutiã.
NA FUVEST: Visões do papel da mulher
Mulheres têm ampliado seu espaço no mundo todo. Textos podem contrapor as visões antiga e moderna do papel feminino na sociedade.
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