26 de maio de 2011 | 10h45
Cerca de 200 pessoas homenagearam nesta quarta-feira, 25, o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, assassinado há uma semana no câmpus Butantã da Universidade de São Paulo (USP). Amigos, professores e familiares soltaram centenas de balões brancos e acenderam 60 velas na Praça do Relógio, na Cidade Universitária.
Os pais e a irmã do estudante choraram durante o ato. Eles vestiam camisetas estampadas com a foto do filho e o trecho de um poema dele: “A vida nem sempre tem um final feliz, mas deve ser aproveitada intensamente.”
“Parece que vamos acordar e ver que foi só um pesadelo”, disse a mãe, Zélia Ramos. “Esperamos que prendam os responsáveis e melhore para quem fica”, disse o pai Ocimar de Paiva. Com medo, retirou a filha mais nova do cursinho pré-vestibular, à noite. Ela queria fazer Medicina. Amanda de Paiva, de 21 anos, disse não ter mais motivação em repetir o irmão, primeiro da família a ingressar em uma universidade pública.
Colegas levaram uma foto da época em que Felipe comemorava a entrada no curso de Ciências Atuariais da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). A irmã, Amanda, e a namorada, Maiara Marins, de 24, leram textos de reflexão sobre a vida, o amor e a liberdade redigidos por Felipe. Os escritos estavam em um caderno no fundo do armário dele.
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