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Atléticas temem que alunos sejam excluídos

Estudantes vão entregar ao reitor cartas com ressalvas ao projeto esportivo

Por Isis Brum
Atualização:

A Liga Atlética Acadêmica da USP (Laausp) prepara uma carta de ressalvas ao projeto olímpico e paraolímpico apresentado nesta sexta-feira, 3, pela Reitoria da instituição. Representante de 19 atléticas, a Laausp quer mais detalhes da proposta e uma cadeira nas reuniões que irão decidir os rumos do projeto. O temor é que a estrutura da universidade, como quadras e piscinas, seja destinada apenas aos  atletas em detrimento dos alunos, funcionários e professores.

 

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“Em reunião, nós decidimos apoiar o projeto, a ideia do projeto, mas faremos ressalvas quanto aos pontos não esclarecidos”, diz o atual presidente da Laausp, Marcos Guerra, de 21 anos. “Precisamos saber como os centros serão utilizados e se não irá afetar o uso pela comunidade uspiana.”

 

Caio Rearte, de 22 anos, presidente da Atlética da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, questiona o pouco tempo de análise da proposta. “Está tudo muito vago.” Ele critica a reivindicação não atendida, durante anos, de reforma do velódromo (pista de atletismo) e o montante liberado, agora, para reformar parte do Cepeusp. “Se há dinheiro para a Olimpíada, por que não tem para melhorar o ensino na Educação Física?”

 

De acordo com Valdir Barbanti, coordenador do projeto, as verbas da universidade têm destinação certa e não podem ser ser remanejadas. A Reitoria da USP informou que não iria se manifestar antes do lançamento oficial da proposta.

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