Assembleia de SP aprova projeto de lei que proíbe animais como cobaias

A proposta quer poupar animais de dores e sequelas, que, em alguns casos, levam à morte

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Por Ana Paula Niederauer
Atualização:

SÃO PAULO - A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta quinta-feira, 22, projeto de lei (PL) que proíbe o uso de animais vivos na área do ensino. Pela proposta, de autoria do deputado estadual Feliciano Filho (PSC-SP) as escolas e universidades ficam proibidas de usar cobaias. Para tornar-se lei, o projeto precisa da sanção do governador Geraldo Alckmin.

O projeto quer poupar animais de dores e sequelas Foto: Paulo Vitor/Estadão

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O teor do PL 706 deixa claro que a utilização de animais vivos fica proibida apenas no ensino e formação profissional, e não no campo da pesquisa científica e pós-graduação onde é maior a resistência ao uso de métodos alternativos.

Batizado de Lei Anticobaias, o projeto quer poupar animais de dores e sequelas, que, em alguns casos, levam à morte. "Não é justo que animais fiquem presos em espaços mínimos, olhando para uma parede branca, e, quando um ser humano chega perto deles, não é para fazer carinho e sim para executar algum procedimento que vai lhe causar angústia, dor, sequelas e até a morte, declarou o deputado Feliciano Filho (PSC), autor do projeto.

De acordo com Feliciano, "há métodos substitutivos para o ensinamento. Um aluno se sente muito mais seguro em aprender com um cadáver do que com um animal vivo. Muitas universidades já abandonaram essa prática, que além de desumana, é um crime". 

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