Aposentados podem voltar a dar aula em SP

Proposta do governo estadual é contratar para jornada de 5 ou 15 horas, por até R$ 1,5 mil

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Por Daniel Weterman
Atualização:
Alckmin anunciou processo seletivo para aulas de reforço em 2.105 escolas com baixo desempenho no Ideb Foto: Werther Santana/Estadão

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou processo seletivo para aulas de reforço em 2.105 escolas que estão com baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A proposta é contratar professores - até mesmo aposentados - e universitários para dar aulas em jornada de 5 ou 15 horas e com uma remuneração de até R$ 1,5 mil.

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O projeto ocorrerá em parceria com o governo federal, por meio do programa Mais Educação, e vai receber investimentos de R$ 20 milhões da União. A partir do dia 27, os interessados poderão fazer o cadastro no Ministério da Educação e se oferecer para dar as aulas. A intenção é reforçar especialmente os ensinos de Língua Portuguesa e Matemática.

O secretário da Educação, José Renato Nalini, disse que espera que os aposentados se interessem no programa e voltem a ter contato com os alunos. “Nós reconhecemos que os aposentados estão em uma situação aflitiva, mas vemos essa possibilidade de se credenciarem para acompanhar turmas. O retorno deles, o contato com as crianças, pode ser saudável”, afirmou. A secretaria espera que 200 mil estudantes participem do programa.

Aumento salarial. Como ocorreu em 2016, os professores do Estado se mobilizam para obter reajuste salarial neste ano. E já ameaçam greve. A realização de uma assembleia está prevista para hoje, na República.

Alckmin afirmou que a Secretaria da Educação está em contato permanente com as entidades do magistério e as que representam os profissionais do setor de administração da pasta. O governador determinou que Nalini monte um grupo com docentes para acompanhar o orçamento do Estado. 

A intenção, ressaltou, é dar reajuste apenas quando a arrecadação aumentar. O governo do Estado espera melhora a partir do segundo semestre do ano, conforme adiantou o secretário da Fazenda, Helcio Tokeshi.