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Após 42 dias, estudantes deixam a 1ª escola ocupada

No auge dos protestos, 196 colégios foram tomados, segundo a Secretaria da Educação. Nesta segunda, eram 28

Por Isabela Palhares , Luiz Fernando Toledo e Paulo Saldaña
Atualização:
Diadema. Alunos afirmam que mudaram estratégia Foto: RAFAEL ARBEX / ESTADÃO-16/12/2015

Primeiro colégio ocupado contra a reorganização escolar do governo Geraldo Alckmin (PSDB), a Escola Estadual Diadema foi desocupada nesta segunda-feira, 21, após 42 dias tomada pelos estudantes. No auge dos protestos, 196 colégios foram ocupados, segundo a Secretaria Estadual da Educação. Nesta segunda, eram 28.

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“Conseguimos nosso objetivo com a ocupação, o governador recuou na reorganização e conseguimos o apoio de toda a comunidade escolar. Agora, nossa luta continua, mas com outras estratégias para conseguirmos uma educação pública de qualidade”, disse Luana Maciel, de 17 anos, aluna do 3.º ano.

Na semana passada, o Comando das Escolas, grupo formado por alunos de diversas unidades tomadas, anunciou que entregaria as escolas até esta segunda, por entender que as ocupações “cumpriram sua função”. Entre as que permaneceram ocupadas, os alunos têm demandas específicas, como é o caso da Carlos Gomes, em Campinas. Os estudantes querem a remoção da diretora da unidade, por alegarem que ela é autoritária e persegue alunos e professores. Na quinta-feira, a Justiça determinou a reintegração de posse da unidade. No entanto, até a tarde desta segunda, os alunos permaneciam acampados no local. 

Na escola Fernão Dias, em Pinheiros, a primeira a ser ocupada na capital, os alunos também pedem a saída da diretora, que consideram autoritária. Com a onda de protestos, ao menos dois diretores foram afastados. A SEE informou que todas as denúncias serão apuradas.  

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