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ANJ e Unesco vão criar rede de proteção aos jornalistas

Segundo a Associação Mundial de Jornais, no ano passado, foram assassinados 46 jornalistas em todo o mundo, e outros 136 foram presos

Por Agencia Estado
Atualização:

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Unesco vão montar uma rede nacional para a proteção da liberdade de imprensa. A rede, que terá um portal na internet e será aberta à participação de outras entidades, foi lançada nesta quinta-feira no seminário Exercendo a Liberdade de Imprensa, promovido pelas duas organizações, com apoio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. A rede pretende ser um espaço de troca de informações e denúncias de ameaças contra a liberdade de expressão e a livre atuação profissional dos jornalistas. "A liberdade de imprensa corresponde ao direito da sociedade à informação e não existe sociedade livre sem imprensa independente", disse na abertura do encontro o vice-presidente da ANJ, Jaime Câmara Junior. Apesar de não estar classificado entre os países onde a liberdade de imprensa está ameaçada, o Brasil tem problemas sérios nessa área, lembrou o representante da Unesco, Jorge Werthein. Segundo a Associação Mundial de Jornais, no ano passado, foram assassinados 46 jornalistas em todo o mundo, e outros 136 profissionais foram presos em 27 países. Neste ano, lembrou Werthein, já se registram 15 assassinatos e 128 prisões. No Brasil, os casos mais recentes de atentados contra a liberdade de imprensa foram os assassinatos dos jornalistas Tim Lopes, da Rede Globo, executado por traficantes no ano passado, e do diretor do jornal Folha do Estado, de Mato Grosso do Sul, Domingos Sávio Brandão Junior.

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