
28 de abril de 2016 | 03h00
O Fies adquiriu enorme importância para a população, especialmente os jovens que terminavam o ensino médio e não tinham oportunidade de acesso ao ensino superior público.
O problema é que o Fies se tornou uma bomba-relógio e estava se tornando insustentável. O governo federal percebeu a necessidade de puxar o freio de mão, porque criou uma massa de dívida avassaladora, com grande impacto no Tesouro Nacional.
Em 2015, o governo enxugou o Fies e agora está reavaliando o programa. São ajustes de rota para adequar uma política expansionista a demandas e possibilidades. Aumentar o teto de renda para acesso ao Fies é uma política acertada. Alguns defendem que o programa tem de focar exclusivamente alunos de baixíssima renda - um equívoco. Elevar o teto é medida inclusiva, pois mais pessoas podem acessar o Fies, diante de uma necessidade crescente de escolarização em um cenário de crise.
DANIEL CARA É COORDENADOR DA CAMPANHA NACIONAL PELO DIREITO À EDUCAÇÃO
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