Alunos, professores e funcionários em greve fazem ato na USP

Grupo marchou em direção ao Metrô Butantã em apoio aos metroviários

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Por Victor Vieira
Atualização:

Atualizada às 17h49

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SÃO PAULO - Cerca de 500 alunos, professores e funcionários das universidades paulistas bloquearam a Estação Butantã do Metrô, na tarde desta terça-feira, 10, em apoio à greve dos metroviários. Eles saíram em marcha da Universidade de São Paulo (USP), após a realização de um ato em frente ao prédio da administração central da universidade, que pedia a reabertura das negociações de salário e mais verbas para as instituições.

A decisão sobre a realização do ato foi tomada depois que o reitor da USP, Marco Antonio Zago, suspendeu na segunda-feira, 9, a reunião do Conselho Universitário (CO), órgão máximo da instituição, que seria feita nessa terça. 

Após o ato, os manifestantes bloquearam a Avenida Vital Brasil e chegaram até a Estação Butantã do Metrô, onde demonstram apoio à greve dos metroviários, suspensa nesta segunda-feira depois da demissão de 42 funcionários. Segundo os próprios manifestantes, de 600 a 700 pessoas participam da marcha. 

Os passageiros tiveram dificuldades de entrar na estação. Houve bate-boca entre seguranças do Metrô e manifestantes. Pelo menos cinco viaturas da PM foram até o local para dar apoio. A orientação para os policiais, no entanto, era de agir somente em casos de quebra-quebra.

Por volta das 17 horas,o grupo desbloqueou a estação e se dispersou. Às 18 horas, os estudantes da USP marcaram uma assembleia no câmpus para discutir a greve.

Professores, alunos e funcionários das universidades estaduais manifestaram apoio aos metroviários Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Crise. Docentes, servidores e estudantes estão em greve há quase um mês por causa do congelamento de salários proposto pelos reitores em 2014. A decisão, que vale para a USP, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), foi tomada pela grave situação financeira das instituições. O rombo nas contas da USP foi o que mais pesou na medida de reajuste zero, como o Estado revelou em maio.

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Na última semana, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) resolveu reabrir as negociações desde que os grevistas não fizessem piquetes ou manifestações violentas. A data da reunião entre Cruesp e entidades sindicais ainda não foi agendada.

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