
22 de março de 2012 | 22h23
SÃO PAULO - Eram por volta de 20h40 quando alunos da São Marcos viram a notícia nos seus celulares: sua universidade estava descredenciada pelo MEC. O prédio em que estavam - o 4º pelo qual passaram em quatro anos - é um galpão com paredes improvisadas, e os números das salas estão escritos a caneta em folhas A4. Com o crescimento do burburinho, os professores dispensaram os estudantes e foram se reunir com a reitora. Nos corredores, via-se professores e funcionários com cara de choro, e os alunos, indignados.
Guilherme Aparecido dos Santos Lima, estudante de 24 anos de Gestão de Recursos Humanos, coletava e-mails dos alunos na saída da faculdade. Ele quer articular um movimento para cobrar explicações do MEC e até processar o ministério. Pelo anúncio ter sido no meio do semestre, Guilherme acha tratar-se de uma questão política. "É uma questão de honra me formar pela São Marcos".
Depois da reunião com a reitora Maria Aurélia Varella, indicada para chefiar a universidade durante a intervenção judicial, o professor Jorge Cocchi, que trabalha na São Marcos desde 2008, disse que fará de tudo para manter a instituição de pé. "O corpo docente tem um carinho muito grande pela São Marcos", afirmou. "Foi uma decisão descabida do MEC".
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