21 de março de 2012 | 20h39
Estudantes da Faculdade Cásper Líbero preparam carta, para ser entregue à fundação que mantém a instituição de ensino, em que vão pedir melhoria dos salários dos professores e transparência nas contas. o documento de reivindicação repudia, ainda, a demissão do professor Edson Flosi, que está doente, e a forma como a Fundação Cásper Líbero tentou readmiti-lo.
"Estamos formulando a carta e abriremos para que todos os alunos possam colaborar", afirma a presidente do Centro Acadêmico da faculdade, Giulia Afiuni, de 19 anos. A crise se instalou na Cásper após a decisão da fundação de demitir Flosi, que luta há dois anos contra um câncer. Em soliedariedade, o professor Caio Túlio Costa se demitiu e alunos fizeram manifestação em frente ao prédio da faculdade, na Avenida Paulista. Duas assembleias de estudantes ainda reuniram quase 700 alunos para tratar o assunto.
Em nota, a fundação convidou Flosi a voltar. O professor informou que não volta. "Se eles não têm dignidade, eu tenho", afirmou ao Estadão.edu.
Segundo Giulia, do 3.º ano do curso de Jornalismo, o clima entre os professores da instituição é de desânimo. "Na sala, eles estão descontentes com a demissão do Flosi e saída do Caio Túlio, além de desmotivados com a condição de trabalho." A queixa é de que a fundação mudou cálculo de salário, resultando em diminuição de ganhos para professores.
O sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro) também divulgou nota em solidariedade a Flosi. O sindicato cita notícias negativas recentes sobre o ensino superior. "Nenhuma dessas falcatruas, no entanto, é parecida com o espírito antiético e desprovido de sensibilidade humana quanto foi o episódio da demissão do Prof. Edson Flosi da Faculdade Cásper Líbero", diz a nota. O sindicato dos jornalistas já havia registrado repúdio à demissão de Flosi.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.