Adesão à greve de professores de SP cresce, diz sindicato

Apeoesp espera que paralisação aumente a partir desta sexta-feira, quando farão nova assembleia

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Por Agência Brasil
Atualização:

Os professores da rede estadual de São Paulo continuam em greve. A paralisação teve início na segunda-feira, 8, e, segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), continua sendo ampliada. "O movimento de greve não é automático e está recebendo adesões aos poucos", diz o sindicato por meio da assessoria. A maior expectativa, de acordo com a Apeoesp, é para esta sexta-feira, quando uma assembleia será realizada no vão livre do Masp. Veja também: CET quer impedir ato dos professores na Paulista  Professores afirmam não acreditar na eficácia da greve "A partir de amanhã (sexta-feira) a paralisação representará 100%", disse uma professora que preferiu não se identificar. Segundo ela, na escola em que trabalha, a Oscar Thompson (zona sul da capital), os professores estão fazendo revezamento. "Uns vêm um dia, os outros vêm no outro. Nossa paralisação é gradual, é o começo do movimento", afirmou. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que apenas 1% dos professores da rede estadual está em greve e voltou a reiterar que "as escolas estaduais funcionam normalmente". Ainda de acordo com a nota, os grevistas terão desconto salarial relativo à faltas e vão perder o bônus por resultados e o programa de valorização de metas. "O governo está dizendo que não existe greve, mas nesta escola há", contou outro professor que preferiu não se identificar. Na escola em que leciona, a Caetano de Campos (zona sul da capital), os corredores estavam vazios e apenas quatro professoras, de um total aproximado de 80, estavam dando aula. "Eles dizem que estamos reclamando de barriga cheia, mas só nós sabemos das nossas necessidades", disse. Na Escola Oscar Thompson, as professoras fizeram outras reivindicações, além do aumento de 34,3% pedido pelo sindicato. Elas pedem a incorporação das gratificações, a elaboração de um plano de carreiras e a realização de concurso público. "A educação está no limite, não é apenas a falta de salário, é a falta de estrutura, de material didático para os alunos", disse uma das professoras. Outra professora reclamou da postura do governo classificando-a como "propaganda enganosa". "Não existe isso que há dois professores na sala de aula." Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que a folha de pagamentos cresceu de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões, um crescimento de 33% entre 2005 e 2009. Na Escola Gomes Cardim, uma professora que preferiu não se identificar informou que não há movimento de greve e que as aulas estão sendo ministradas normalmente. A Apeoesp informou que ainda não tem um balanço sobre o total de professores que aderiram à paralisação. De acordo com o sindicato, as informações até o momento têm sido passadas por professores grevistas de forma voluntária.

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