12 de setembro de 2011 | 04h06
Júlia Borges, de 16 anos, contraria o que faz a massa. Em vez de rumar para um método apostilado no ensino médio, para treinar para o vestibular, ela trocou uma escola convencional pelo ensino médio no Colégio Waldorf Micael. "Ela estava limitada, era tudo só voltado para o vestibular e não queríamos isso para ela", diz a mãe, Lilian Paranhos de Oliveira.
Assim que fez a mudança, a preocupação era mais com o fato de Julia sentir dificuldade de acompanhar o raciocínio de quem estuda em um colégio Waldorf desde criança do que o receio de que a garota não tivesse a carga adequada de aulas de genética ou trigonometria. "A apostila já vem mastigada. Parece mais completa, mas não é. Na nova escola, Júlia aprendeu a defender suas ideias, a argumentar. Percebo que, de um modo geral, os alunos Waldorf são mais ligados à área de humanas.
Julia pretende prestar moda no vestibular. Uma decisão que tem o apoio da família. Mas, se mudar de ideia, não tem problema. "Seja qual for a pedagogia da escola, 17 anos não é idade para alguém escolher o que quer fazer para o resto da vida", afirma a mãe.
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