06 de junho de 2011 | 11h19
Conflitos pós- divórcio refletem negativamente nos filhos. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Pais e Mães Separados (Apase), Analdino Rodrigues Paulino, de 55 anos. Divorciado após uma série de conflitos com a mulher – que culminaram em 22 processos na Justiça – Paulino conta ter visto a própria filha ser afetada pelo problema do casal.
Amanda Marciano Rodrigues Paulino tem hoje 13 anos. O pai dela criou a ONG para difundir a ideia de que filhos de pais separados têm direito de serem criados por qualquer um de seus genitores, além de promover a participação efetiva dos dois no desenvolvimento dos filhos. "Quando os pais mantêm o conflito depois do divórcio, as crianças acabam assimilando essa problemática e perdem o interesse nos assuntos escolares, ficam distraídas na aula e, quando chegam em casa, têm menos propensão a pegar os livros", analisa.
Segundo ele, a filha acabou mudando da escola particular para a pública e da pública para a particular. Esse vaivém, diz ele, contribuiu para a queda no desempenho da garota, que precisou de aulas auxiliares em matemática pelo método Kumon.
“Na medida em que surgem interferências dificultando a relação entre os pais, isso reflete nas notas", diz, lembrando que o desempenho da filha melhorou depois do reforço escolar e de três anos de terapia. Hoje, ele e a mãe da garota são amigos.
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