A burocracia é necessária. Apesar de não conhecer nenhum pós-graduando que tentou enganar a Fapesp ou qualquer outra agência de formento, se não houver controle seria um convite àqueles que querem se aproveitar do sistema.
Logo, é esperado que eu escreva um relatório para a sociedade americana de bioquímica e biologia molecular (ASBMB) que por meio de um prêmio chamado Prolab me deu 4.500 dólares para pagar a passagem aérea, os aluguéis e a minha manutenção em Rochester.
Além disso, eu tenho que mandar para eles os comprovantes da passagem aérea e do pagamento dos aluguéis. Para minha sorte, eles querem somente um relatório de algumas páginas e um texto explicando como esse prêmio ajudou na minha carreira como cientista. Se eu não tivesse ganho o dinheiro da ASBMB, eu deveira prestar contas à Fapesp, e o processo é basicamente o mesmo.
Para viagens para congressos, a mesma cois: após a viagem se apresenta três cotações de passagem e o comprovante do congresso para justificar as diárias solicitadas. O processo funciona sem muitas complicações e fornece um dinheiro extremamente necessário para que os alunos de pós-graduação possam apresentar seu trabalhos e mostrar a ciência feita no Brasil.
Bruno Queliconi é doutorando no Instituto de Química da USP