Estadão
27 de julho de 2011 | 12h42
Depois de 1 mês, finalmente estou bem acostumado com a geografia da Universidade de Rochester, onde estou trabalhando. A universidade se divide em dois grandes complexos. O primeiro é o River Campus (que fica ao lado do Rio Genesse), onde fica a maior parte das faculdades, alguns prédios de pesquisa e a Rush Ree Library, a biblioteca central, um dos prédios mais bonitos da cidade.
No River Campus há uma região com moradias para os estudantes e o centro de esportes, que é bem grande. Por incrível que pareça, ele tem mais de um campo de futebol – aqui, o pessoal joga bastante. Estou bem curioso para saber como vai ser o câmpus quando começarem as aulas. Por enquanto ele está quase sempre vazio, porque é temporada de férias.
Eu trabalho no outro câmpus, que se resume basicamente ao hospital e aos departamentos de pesquisa ligados a ele. Aqui também é onde os estudantes de Medicina têm aula. Um aspecto interessante é que para se formar em Medicina, você precisa primeiro ter cursado uma universidade básica e depois você entra na faculdade de Medicina.
O prédio do hospital é basicamente dividido na ala do hospital em si e a ala de pesquisa, embora na região de interface é bem difícil perceber o que é laboratório de pesquisa e o que é área hospitalar.
Estou morando do outro lado do rio, então todo dia atravesso uma ponte e o River Campus para chegar ao hospital. A caminhada leva cerca de 30 minutos. O ambiente é bem agradável e tem bastante área verde, mas a principal diferença que percebo é que existe pouco espaço vazio. Quase todo o câmpus já tem prédios ou regiões de jardim entre os prédios. A USP e a Unicamp ainda têm bastante espaço para crescer e são bem mais novas – Rochester data de 1830. Acho que daqui a algumas décadas talvez elas se assemelhem bastante.
Bruno Queliconi é doutorando no Instituto de Química da USP
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