Para que possamos elucidar tais questões é necessário voltar no tempo. Na época de nossos pais existia um curso que, sem dúvida alguma, era presença fundamental em qualquer currículo: certificado de datilografia. Ao contrário do que esperavam, em alguns anos tal curso havia se tornado obsoleto, desnecessário. Quem imaginaria que aquela charmosa máquina de escrever Olivetti tornar-se-ia um elemento decorativo em tão pouco tempo?
Nos últimos anos, as expectativas em torno da Engenharia Ambiental têm aumentado, algo extremamente natural tendo em vista as preocupações do mundo contemporâneo. A Usina Hidrelétrica de Balbina é a prova viva - ou morta - de que a presença desses profissionais é crucial em obras de grandes proporções. Portanto, seria coerente que com o passar dos anos as exigências ambientais aumentassem, resultando na ampliação de tal mercado. Infelizmente futurologia não é um exercício tão simples, quem imaginaria que em pleno ano de 2011 seriam apresentados projetos de flexibilização do Código Florestal?
Hoje, com o crescimento econômico brasileiro, é comum que revistas noticiem que os engenheiros são os profissionais do futuro. Muitos jovens se baseiam nesse tipo de afirmação ao escolher a profissão, o que eu não considero prudente. Até quando a economia brasileira caminhará de vento em popa? Uma escolha tão séria e concreta não deve estar alicerçada em um exercício de adivinhação.
Caio Godinho é aluno do Anglo