Achei a parte de questões relativamente difícil. Assim como muitos estudantes, também considerei a parte de exatas mais complicada. Biologia não ficou muito atrás.
As redações, mesmo que complexas, eram mais fáceis. As propostas eram de fácil interpretação e bem objetivas. As exigências também eram claras. No entanto, continuo com a opinião de que cinco horas de prova não são suficientes para quarenta e oito questões e três redações. Mesmo que sejam redações curtas, como email, artigos e comentários, é preciso pensar no que escrever, e isso leva tempo.
Consegui fazer o rascunho de apenas uma redação, as outras duas escrevi direto na folha.
Mesmo porque, além de o tempo ser curto, não havia espaço; uma única folha ao final do caderno de questões servia de rascunho - tanto para as questões quanto para as redações.
Em relação à organização, a Unicamp tem um sistema eficiente. Mas peca na escolha e distribuição dos locais de aplicação do exame. Muitos vestibulandos foram mandados para muito longe, em locais de difícil acesso. Também foi o meu caso. Tive que visitar o prédio antes do dia da prova. Gastei duas horas para chegar ao local indicado, fazendo um roteiro que incluía trem, metrô e uma caminha de quinze minutos. Se eu fosse de ônibus o tempo de percurso se estenderia por mais uma hora - e, de qualquer forma, não havia uma linha de ônibus que passasse pela rua do meu local de prova.
Neste ano foi proibido levar celular. Não acho isso tão ruim. Mas é preciso considerar que ir para um local desconhecido, longe e de difícil acesso, sem um meio de se comunicar, também não é plausível. Claro que há os orelhões públicos, mas não é em todo lugar que os encontramos e se encontramos não significa que estejam funcionando.
No geral, tudo saiu conforme previsto. E a prova não fugiu das minhas expectativas.
Agora é esperar pelo resultado, que só vem em 20 de dezembro. Enquanto isso, continuo com os estudos e com a preparação para a Fuvest.
Luiza Nunes é aluna do Cursinho da Poli