O professor, no entanto, afirma que a avaliação não foi fácil, mesmo trazendo temas conhecidos, supostamente de domínio de um candidato da segunda fase. "Com exceção de uma questão ou outra, nas quais o aluno poderia se valer do bom senso e de um raciocínio lógico, a prova exigiu do candidato conceitos e não decorebas", diz. Cornelos cita como exemplo a questão de número 18, que pedia o filo de um animal marinho que possuía em sua superfície corporal espinhos e estruturas tubulares. "Ou o aluno sabia que era um equinodermo ou não, não tinha como enrolar."
Nas questões de química e física, o maior obstáculo para os alunos foi as contas "trabalhosas" que tiveram de fazer. Ao menos é o que afirmam os professores das duas disciplinas do Objetivo. "Das oito questões de química, cinco exigiam cálculos", afirma o professor Alessandro Nery.
Para o professor Ronaldo Fogo, de física, muitas das contas exigidas atrapalharam a vida do candidato por serem "chatas", seja pela presença de números muito grandes ou então pela presença de algarismos decimais. "Em cálculos como esses, o vestibulando dificilmente tem a certeza de ter acertado o resultado logo de cara e prefere refazê-la para se garantir. Com isso, perde um tempo que poderia ser aproveitado para a resolução de outras questões", diz.