"Acho muito difícil alguém desviar do foco", afirmou. Os bons textos oferecidos como base para a redação apresentavam, de acordo com o professor, um direcionamento que acaba facilitado pela intimidade dos jovens com o assunto.
Dutra lembra que o candidato poderia também desenvolver um segundo aspecto, de como as redes sociais podem arruinar reputações: falar de pessoas que já fizeram declarações racistas e preconceituosas. "Não vai fazer muita diferença explicar que tinha 15 anos porque a bobagem vai continuar a existir nas redes", destaca. Ele cita como exemplo situações de ex-namorados que se difamam pelas redes sociais após o término.
"Nessa nova realidade, parece que o engraçado, o momentânea, não terá maior repercussão, mas muitas vezes gera uma marca indestrutível na pessoa." Para o professor, uma ideia que era importante destacar é que essas redes são grandes ferramentas, mas que dependem muito de como são usadas."Não é o meio é o como", explica.
Dutra só ressalta que um candidato que mora em uma região em que esse mundo ainda não chegou, como populações ribeirinhas, teria dificuldade para discutir esse tema, apesar de ser uma minoria. "A prova tem um alcance nacional e para uma parte da população a internet não faz parte do dia a dia. Eles vão ter que tratar o tema de forma abstrata, mas mesmo assim é um assunto que se discute muito hoje em dia, então é possível."