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Para candidata da USP, 'fazer universidade é conquistar uma profissão'

Por Elida Oliveira

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Por Redação
Atualização:

Aos 14 anos, Mônica de Oliveira se deparou em uma rua perto de casa com uma cobra morta no chão. Ela havia sido atingida por uma pedrada e tinha um corte na 'barriga'. "Ali eu comecei a mexer e vi que tinha umas cobrinhas, como se fossem fetos. Fiquei tirando eles, um a um."

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Para 'meninas', que sempre têm medo de cobras, aranhas e similares, tal atitude não chega a ser normal. Mas era o prenúncio de uma vocação que, três anos depois, Mônica tentava começar a direcionar para a prática. Ela é uma das 128 mil candidatas inscritas para um curso na Universidade de São Paulo (USP). Concorre com outros 1.798 estudantes a uma vaga em Ciências Biológicas no câmpus de São Paulo.

"Ela é o orgulho da minha vida", diz a mãe Maria de Lourdes Ferreira de Oliveira, de 51 anos, que estudou até a 5ª série. "Quero me especializar em répteis", diz Mônica, confiante de que avançará para a segunda fase da Fuvest, marcada para acontecer entre os dias 3 e 5 de janeiro de 2010.

Moradora de Juquitiba, a 70 km de São Paulo, não se assusta com a distância que teria que percorrer todos os dias, caso venha a estudar na Cidade Universitária. "Farei todo o esforço possível."

Para fazer a prova da primeira fase da Fuvest neste domingo (22), Mônica saiu de casa às 10 horas, junto com a mãe. Chegou na Unip, em Pinheiros, ao meio dia. Fez a prova em cinco horas, reencontrou a mãe e voltou para casa, na expectativa de ser chamada no dia 14 de dezembro para a segunda etapa do processo seletivo. "Fazer universidade é conquistar a minha profissão e dar uma satisfação para os meus pais, de todo o esforço que fizeram por mim."

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