Na Fuvest, família sofre mais que vestibulando

Por Paulo Saldaña

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Quando o vestibulando Henrique Soares Peterle, de 17 anos, entrou no prédio da FEA, na USP, neste domingo, para fazer a Fuvest, os pais Marcos e Elizabeth, além do irmão Felipe, acompanharam-no até o batente da porta. "A gente fica mais nervosa que o filho, até se emociona", disse a mãe, sem conseguir conter as lágrimas. "É um momento decisivo na vida dele". O pai é mais confiante. "A gente vem para companhar mesmo, mas ele está preparado".

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Candidato a uma vaga de economia, Henrique não se incomoda em ter a família únida em torno dele na hora do vestibular. "Foi bacana, apesar de uma certa pressão", diz. Ao fim da prova, ele saiu confiante. "Dá para passar, fui bem. Mas achei as questões de matemática e física muito difíceis".

A área de exatas, sobretudo as questões de matemática e física, foi a que mais recebeu reclamações entre os vestibulandos. Rodrigo Gallego, de 18 anos, que presta para engenharia, achou as questões de geometria "muito trabalhosas". "Tinha uma pergunta que pedia o baricentro de um triângulo. Eu nem lembrava o que era o baricentro, então chutei", contou o vestibulando, ao lado do pai Alfredo, de 48 anos, que é engenheiro.

Morador do Alphavile, Alfredo permaneceu em frente à FEA durante todo o período da prova à espera de Rodrigo. "Eu venho para apoiar, mas não pode colocar pressão, ele vai se sair bem", diz ele.

Nunca é tarde O vestibulando João Luis Cardoso foi um dos primeiros a deixar o prédio. Aos 65 anos, ele é médico do Hospital Vital Brasil, no Instituto Butantan, e quer estudar História na USP. "Não tenho objetivo profissional, quero fazer o curso porque me interesso pelos temas", disse.

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O médico sentiu a mesma dificuldade que a maioria dos entrevistados nas questões de matemática e física. "Mesmo assim, a prova não foi difícil, estava bastante interpretativa".

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