Haddad defende instrumentos específicos para cada curso superior. "Começamos por três: Direito, medicina e pedagogia tem especificidades. Se o ministério, na sua atividade de regulação, constatar que o curso não está moldado para formar professores para a escola pública, tem de ser descredenciado".
Paulo Renato se considera mais "pessimista" em acreditar em uma mudança nas adequações de necessidade de universidade de formação de professores. "Faculdades de pedagogia têm uma vocação que não é formar professor para as primeiras séries. E isso é difícil de mudar. Acho que nós vinhamos num crescendo de formação de professores nos cursos normais superiores, mas foi interrompido pela resolução do conselho nacional de Educação. Acho que foi um erro grave na questão da formação do professor", disse.
"Ex-ministro pode ser mais cético do que ministro", brincou Haddad.
E completou: "Eu encaro com mais otimismo a possibilidade das universidades públicas e particulares, comunitárias inclusive, se adequar a uma nova filosofia até em virtude das necessidades que o País tem de formar mais e melhor os professores da escola pública."