Carolina Stanisci
04 de julho de 2010 | 17h30
A Vunesp publicou em seu site nota lamentando a falha na impressão da questão de número 4 da prova de ciências humanas. O problema inviabilizou a avaliação da segunda parte da pergunta.
A Vunesp afirmou que só será avaliada, por conta disso, a primeira parte da questão, que pede que o vestibulando fale sobre a migração que a extração da borracha atraiu para a Amazônia, na passagem do século 19 para o 20.
Confira a questão na íntegra (em negrito, a parte que não saiu impressa na prova recebida pelos vestibulandos e que não será considerada):
Analise o texto.
Os 30 mil seringueiros que [Chico] Mendes ajudou a se organizarem são, tal como ele, descendentes de migrantes que foram
atraídos pelo grande
da borracha dominaram a produção do ‘ouro negro’, impondo preços tão altos que Manaus, cidade na selva, se tornou símbolo de
extravagância. Os altos preços, porém, levaram os britânicos a explorar seringais no Ceilão (Sri Lanca) e na Malásia, rompendo o
monopólio brasileiro. (…) A ganância dos grandes exploradores acabava por dificultar as coisas para o Brasil.
[Hoje] A história se repete. Num carrossel de calamidades, a queima da floresta agrava o efeito-estufa, interrompe o processo
que transforma o dióxido de carbono em oxigênio, mata inúmeras espécies e devasta aldeias indígenas
boom
(O Brasil queima o futuro.
no site http://www.nytimes.com/1988.12.28/opinion/brazil-burns-the-future.html. Adaptado.)
O artigo acima foi publicado poucos dias depois do assassinato do líder sindical Chico Mendes e comparava a exploração da borracha
no Acre à atual devastação da Amazônia.
Caracterize a migração que a extração da borracha atraiu para a Amazônia na passagem do século XIX para o XX (motivos e procedência dos migrantes) e analise a atual condição da floresta (tipos de extrativismo, práticas agrícolas, políticas de conservação).
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