Cerca de 250 estudantes da USP, reunidos em assembleia na noite desta quinta-feira, resolveram manter a ocupação do prédio da reitoria, apesar de ordem judicial determinar que saiam do edifício até as 17h desta sexta.
A decisão foi tomada em votação na qual a maioria quis permanecer acampada na administração central da universidade, invadida por um grupo de alunos na madrugada de terça para quarta-feira.
Na assembleia, os estudantes comemoraram a chegada de uma caravana de alunos da Unicamp, nesta sexta-feira, para apoiar o movimento. Além de pedir a proibição da entrada da Polícia Militar na Cidade Universitária, os manifestantes querem a retirada de processos administrativos contra alunos, funcionários e professores.
Os estudantes também decidiram convocar mais alunos a se juntarem à ocupação e pedem que os centros acadêmicos discutam nas unidades um indicativo de greve estudantil.
A Quinta & Breja - tradicional cervejada dos alunos da Escola de Comunicação e Artes (ECA) - deve ocorrer na reitoria ocupada na próxima quinta-feira, o que mostra a disposição dos manifestantes em permanecer no prédio por pelo menos mais uma semana.
Também foi montada uma comissão de seis alunos, dois funcionários e dois professores para negociar a saída do edifício com a reitoria da USP.
Na reunião, uma representante de centro acadêmico ligada ao PSTU foi vaiada e chamada de traidora. O DCE, que se manifestou contra a ocupação, não participou da assembleia.
Outras bandeiras foram adicionadas à causa da ocupação: a saída do professor João Grandino Rodas da reitoria e a dissolução do atual Conselho Universitário (C.O.), instância máxima de decisão da universidade.