Alunos decidem manter ocupação da reitoria da USP

* Por Bruno Paes Manso, de O Estado de S. Paulo

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Cerca de 250 estudantes da USP, reunidos em assembleia na noite desta quinta-feira, resolveram manter a ocupação do prédio da reitoria, apesar de ordem judicial determinar que saiam do edifício até as 17h desta sexta.

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A decisão foi tomada em votação na qual a maioria quis permanecer acampada na administração central da universidade, invadida por um grupo de alunos na madrugada de terça para quarta-feira.

Na assembleia, os estudantes comemoraram a chegada de uma caravana de alunos da Unicamp, nesta sexta-feira, para apoiar o movimento. Além de pedir a proibição da entrada da Polícia Militar na Cidade Universitária, os manifestantes querem a retirada de processos administrativos contra alunos, funcionários e professores.

Os estudantes também decidiram convocar mais alunos a se juntarem à ocupação e pedem que os centros acadêmicos discutam nas unidades um indicativo de greve estudantil.

A Quinta & Breja - tradicional cervejada dos alunos da Escola de Comunicação e Artes (ECA) - deve ocorrer na reitoria ocupada na próxima quinta-feira, o que mostra a disposição dos manifestantes em permanecer no prédio por pelo menos mais uma semana.

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Também foi montada uma comissão de seis alunos, dois funcionários e dois professores para negociar a saída do edifício com a reitoria da USP.

Na reunião, uma representante de centro acadêmico ligada ao PSTU foi vaiada e chamada de traidora. O DCE, que se manifestou contra a ocupação, não participou da assembleia.

Outras bandeiras foram adicionadas à causa da ocupação: a saída do professor João Grandino Rodas da reitoria e a dissolução do atual Conselho Universitário (C.O.), instância máxima de decisão da universidade.

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