PUC-SP passa a aceitar nome social de transexuais

PUBLICIDADE

Por Paulo Saldaña
Atualização:

Atualizado às 17h46

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) passou a reconhecer o uso de nome social para quem o nome civil não reflita sua identidade de gênero. O ato que disciplina a adoção vale para toda comunidade acadêmica e foi assinado no último dia 22 de janeiro pela reitoria e Fundação São Paulo, mantenedora da instituição de ensino.

 Foto: Estadão

As PUCs do Rio e Minas já haviam garantido o direito ao nome social no ano passado. Transexuais, travestis e transgêneros são impactados diretamente com a medida.

Leia mais:

Publicidade

Segundo o ato da PUC-SP, o nome social será incluído nos registros do aluno, desde listas de chamada, divulgação de notas e nome de usuário no sistema de informática. O nome civil continuará a ser emitido no histórico escolar e diplomas, mas o social será adotado, por exemplo, na solenidade de colação de grau.

O aluno pode pedir a alteração do nome a qualquer momento do ano letivo. A norma segue portaria do Ministério da Educação de 2011, que garante esse direito, a e também resolução nº 12 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT) de 2015.

Questionada pela reportagem, a PUC-SP não informou que se há solicitação de alunos para mudança do nome social. A universidade informou, em nota, que a regulamentação ocorreu para atender à lei e à recomendação do MEC. "A Universidade cumpre assim a legislação, em respeito aos Direitos Humanos mais elementares: o uso do nome."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.