Paulo Saldaña
05 de maio de 2014 | 21h12
A greve dos professores da rede municipal de São Paulo deixou hoje 70 escolas totalmente paralisadas, segundo o principal sindicato da categoria, o Sinpeem. De acordo com a Prefeitura, o número de escolas com adesão total é menor, com 12 unidades paradas – das 1.523 unidades ligadas à Prefeitura.
Uma nova manifestação está marcada para próxima quarta-feira, dia 7, em frente à Prefeitura, no centro da cidade. O blog apurou que os sindicatos esperam um possível aceno sobre a principal reivindicação da categoria: a definição de uma data para a incorporação de um bônus de 13,43% prometido pela Prefeitura para quem recebe os menores salários – elevando assim o piso da categoria.
Até agora, o município não descarta a incorporação no ano que vem, mas não tem mostrado disposição para definir uma data. O Secretário de Relações Governamentais, Paulo Frateschi, é quem está a frente das negociações.
Liderados pelo Sinpeem, os professores da rede estão em greve desde o dia 23 de abril. O sindicato defende que 30% dos servidores estão parados.
A categoria está em campanha por melhorias no salário e na carreira. Além da questão do bônus, outros pontos fazem parte da pauta conjunta da categoria: mudanças nos critérios do pagamento do Prêmio de Desempenho Educacional (PDE) e prorrogação de data relativa ao Sistema de Gestão Pedagógica.
No início de abril, a Prefeitura de São Paulo anunciou que vai pagar reajuste salarial de 13,43% aos servidores da educação. Esse aumento estava previsto em lei de 2011, ainda no governo Gilberto Kassab (PSD).
A gestão atual, entretanto, defende que o índice foi garantido e será pago por essa administração. Após pressão dos sindicatos, a Prefeitura já sinalizou que vai revisar o cálculo do PDE.
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