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Opinião|S - Stanford com novos essays 2015

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Atualização:

 

Quase simultaneamente a Harvard, Stanford divulga os essays e cartas de recomendação para a turma que começará o MBA em 2015 (classe de 2017).

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O número de essays cai de três para dois. O mais conhecido e temido essay de Stanford "What matters most to you, and why?" continua fazendo parte do pacote. Embora a escola não tenha modificado as instruções clássicas para este essay - focar no "porque" mais do que no "o que"; autorreflexão; autenticidade - na prática, a eliminação do essay curto que dava espaço para falar de sua liderança em alguma situação nos últimos três anos abre espaço para se apresentar a relação que se tem com o trabalho no essay "What matters most to you, and why?

O segundo essay sobre objetivos profissionais também foi bastanterefraseado: "Enlighten us on how earning your MBA at Stanford will enable you to realize your ambitions." No lugar de "What do you want to do - REALLY - and why Stanford?" A diferença no enunciado muda também a resposta. Enquanto que no ano passado o foco era "o que", este ano é "realizar suas ambições". A nova formulação da pergunta permite um fluxo melhor entre ideias do primeiro essay com o segundo, pois ambos focam em valores e motivações.

Enquanto que o primeiro essay foca mais em valores e como o candidato vive os mesmos, o segundo essay estimula que cada um pense em como vai viver esses valores no futuro e como eles estão alinhados com a escola. O limite de palavras para os dois essays também foi reduzido e agora é 1100 palavras. A sugestão para a alocação mostra também a importância de cada essay no conjunto. Para o primeiro essay a sugestão é entre 650 e 850, e para o segundo o que sobrar: entre 250 e 450.

As cartas de recomendação também sofreram um corte. De três o numero baixou para duas. O interessante é que uma das cartas deve ser do supervisor imediato do candidato e a outra deve vir de um par ou alguém um pouco mais sênior. Essa segunda carta também pode vir de outras esferas que não exclusivamente profissional. Pode vir de algum projeto mais pessoal do candidato, ou mesmo de algum trabalho voluntário. O que a escola está dizendo é que não quer duas cartas descrevendo basicamente a mesma coisa.

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A escolha do recomendador torna-se mais importante ainda. Tem que ser alguém que conheça muito de perto o trabalho do candidato, pois pode ser a única carta de recomendação profissional no pacote. A segunda carta pode mostrar o envolvimento do candidato em outras áreas, desde que realmente seja relevante e tenha impacto.

A tendência minimalista dos applications de MBA continua. Com isso, cada palavra e cada informação se torna mais relevante. No application, não se trata de contar tudo e soterrar o pessoal de admissões com informações que eles não saberão como interpretar ou entenderão porque o candidato resolveu contar aquilo. O application deve ser tratado de forma bastante estratégica.

Opinião por Claudia Gonçalves
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