Claudia Gonçalves
13 de fevereiro de 2013 | 21h33
Uma pesquisa do GMAC, que é órgão dono do GMAT, exame de admissão para o MBA, publicou uma pesquisa que realizou com uma amostra das pessoas que prestaram o GMAT ano passado para saber onde/ tipo de curso que estes candidatos estavam com intenção de estudar.
O MBA ou o MBA+ Joint Degree (mais ou menos um duplo diploma com algum outro mestrado) foi/ foram o(s) curso(s) com a maior preferência. No primeiro caso, 55% dos pesquisados queriam o MBA e no segundo, 28%. Apenas 18% mostraram interesse em cursos de mestrado em administração ou finanças (que também são cursos para os quais o GMAT é aplicado).
Neste último grupo, o baixo interesse pode ter algumas razões: primeiramente, estes mestrados atraem mais candidatos locais que internacionais e normalmente são cursos para entrada no mercado de trabalho.
Dos pontos que são mais relevantes para a escolha das escolas, o GMAC destacou:
O GMAC também comparou a distribuição de homens e mulheres para os cursos:
MBA de 2 anos: 60% homens; 40% mulheres;
MBA flexível (tempo parcial) – metade cada;
MBA online – 46% homens; 54% mulheres;
MBA executivo – 65% homens; 35% mulheres;
Mestrados em administração – entre 54 e 65% mulheres;
Mestrados em finanças – 53% homens e 47% mulheres.
Globalmente, parece que a presença feminina é mais alta em cursos mais flexíveis que permitam a continuidade das carreiras e progressão rápida. Sem dúvida, pode ser uma estratégia interessante para equilibrar com demandas da vida pessoal ou familiar (ter/criar filhos). Já o numero reduzido de mulheres no MBA executivo talvez se deva ao fato de já ocorrer numa etapa mais madura – normalmente quando se tem de 7 a 10 anos de experiência profissional – fase em que a mulher mais provavelmente tem que administrar vida profissional e familiar com mais intensidade e, portanto, tem menos espaço em sua vida para mais uma atividade demandante!
Metade dos candidatos pagam seu MBA ou Mestrado com recursos próprios ou empréstimos; 18% apenas tem suporte do empregador; 17% recebem bolsas; e 18% recebem ajuda dos pais.
Embora estes dados sejam globais e não tenhamos números específicos para Brasil nem América Latina, acredito que as tendências tenham sido as mesmas.
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