Claudia Gonçalves
18 de abril de 2014 | 11h04
O que dados estatísticos das escolas podem nos revelar sobre elas? Quando comparamos o desempenho da escola em um quesito específico ao longo dos anos, o que mais podemos aprender sobre esta?
Abaixo está uma tabela que o Poets&Quants organizou, compilando os dados das taxas de formandos com empregos no momento da graduação. A tabela original apresenta dados de mepregabilidade para as 50 melhores escolas americanas segundo seu próprio ranking. Apresento aqui apenas as 25 primeiras, pois são de maior interesse para os brasileiros que costumam postular para um MBA nos Estados Unidos.
Empregabilidade na formatura:
Escola | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | Tendência de 5 anos |
1. Harvard Business School | 78.7% | 77.4% | 83.2% | 78.6% | 76.8% | +1.9 |
2. Stanford GSB | 71.7% | 71.3% | 75.6% | 75.8% | 69.1% | +2.6 |
3. Chicago (Booth) | 82.1% | 84.1% | 82.1% | 75.8% | 73.2% | +8.9 |
4. UPenn (Wharton) | 79.7% | 79.7% | 82.1% | 72.5% | 65.8% | +13.9 |
5. Northwestern (Kellogg) | 78.8% | 76.9% | 83.8% | 75.2% | 68.1% | +10.7 |
6. MIT (Sloan) | 80.9% | 84.5% | 80.8% | 75.6% | 69.5% | +11.4 |
7. Columbia | 74.9% | 77.0% | 75.3% | 67.2% | 61.1% | +13.8 |
8. Dartmouth (Tuck) | 80.8% | 85.8% | 82.8% | 80.0% | 69.2% | +11.6 |
9. Duke (Fuqua) | 74.6% | 86.5% | 78.4% | 63.6% | 68.5% | +6.1 |
10. UC-Berkeley (Haas) | 74.0% | 74.4% | 71.7% | 64.9% | 65.3% | +8.7 |
11. Cornell (Johnson) | 71.9% | 82.0% | 74.7% | 66.8% | 61.5% | +10.4 |
12. Michigan (Ross) | 85.1% | 74.3% | 83.4% | 59.8% | 65.8% | +19.3 |
13. Virginia (Darden) | 81.7% | 81.5% | 83.2% | 69.0% | 72.4% | +9.3 |
14. UCLA (Anderson) | 66.8% | 71.9% | 70.5% | 54.2% | 51.3% | +15.5 |
15. New York (Stern) | 77.8% | 79.5% | 80.7 | 73.7% | 72.1% | +5.7 |
16. Carnegie Mellon (Tepper) | 79.4% | 75.7% | 74.1% | 69.7% | 71.7% | +7.7 |
17. Yale | 70.0% | 66.5% | 69.8% | 64.1% | 69.3% | +0.7 |
18. UNC (Kenan-Flagler) | 76.5% | 72.2% | 74.1% | 60.3% | 53.8% | +22.7 |
19. Texas-Austin (McCombs) | 80.7% | 80.7% | 75.2% | 64.8% | 68.6% | +12.1 |
20. Indiana (Kelley) | 80.1% | 76.1% | 69.3% | 70.1% | 65.7% | +14.4 |
21. Emory (Goizueta) | 81.7% | 86.1% | 78.9% | 57.2% | 50.9% | +30.8 |
22. Georgetown (McDonnough) | 68.7% | 67.9% | 64.8% | 58.0% | 66.5% | +2.2 |
23. Washington (Olin) | 79.0% | 79.0% | 68.8% | 61.0% | 73.6% | +5.4 |
24. Washington (Foster) | 82.4% | 80.6% | 72.6% | 64.5% | 53.3% | +29.1 |
25. Vanderbilt (Owen) | 81.8% | 71.1% | 66.9% | 62.9% | 53.8% | +28.0 |
Fonte: Poets&Quants
Este comparativo de 5 anos mostra que ao menos nos Estados Unidos, a empregabilidade dos MBA’s está em alta novamente. O que pode parecer estranho é que 7 das top 10 estejam com percentuais abaixo de 80%. Mas a tabela mostra apenas quantos alunos aceitaram ofertas de empregos na formatura, mas não reflete o número de ofertas que tiveram ou se declinaram e esperaram por uma oferta melhor ou que se encaixasse melhor em seus planos.
Com o reaquecimento da economia, muitos MBA’s estão mais seletivos em suas escolhas. A economia mais aquecida permite mais mudanças de carreira, maior poder de negociação do pacote de compensação e especificação da função. Muito embora esses números reflitam em grande parte uma realidade americana, para os brasileiros que pretendem ficar um ou dois ando nos Estados Unidos para ganhar uma experiência profissional internacional também é uma boa notícia. Com mais posições em aberto, as empresas recebem mais estrangeiros que depois podem trabalhar em suas filiais ou subsidiárias em seus países de origem.
Mesmo para aqueles que pensam em ficar mais do que dois anos nos Estados Unidos, as chances podem aumentar. Obviamente deste ponto em diante o empregador deve estar disposto a investir em conseguir o visto de trabalho para garantir sua permanência.
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