Magno Sustentável - Fraldas usadas transformadas em canetas e outras ações de sustentabilidade

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Por COLÉGIO MAGNO/MÁGICO DE OZ
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O que uma horta suspensa, a piscina aquecida, a água dos chuveiros e restos de comida têm em comum? A pergunta pode parecer um tanto inusitada. Mas para o Colégio Magno/Mágico de OZ a relação faz todo o sentido. Ganha a forma de um ambicioso projeto, que avança para tornar a escola da Zona Sul de São Paulo, num espaço 100% Sustentável. O conceito de sustentabilidade, que considera aspectos ambientais, sociais e econômicos, sempre fez parte da rotina de alunos, professores e colaboradores Colégio, nas Unidades Sócrates, Campo Belo e Olavo Bilac.

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Durante a aula de natação, entre uma braçada e outra, por exemplo, as crianças descobrem que a água na casa dos 30º é aquecida através da energia solar. O processo foi iniciado há 10 anos, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e acaba de ganhar um novo capítulo: agora a energia solar também será responsável por cerca de 30% da energia consumida na Unidade Sócrates, graças a instalação e operação de placas solares. No ano que vem, a produção salta para 65% da energia demandada pelo prédio e em 2021, 100% da energia consumida será de origem solar. "O nosso projeto prevê que em quatro anos teremos duas, das nossas três unidades, abastecidas inteiramente por energia solar", afirmou Maurício Tricate, diretor administrativo do Colégio Magno/Mágico de Oz.

Com uma média de 700 refeições dias, servidas pelo restaurante, o Colégio Magno desenvolve uma ampla política de destinação correta e reaproveitamento dos resíduos sólidos, que vai além da Coleta Seletiva. "Mais que reciclar, o desafio é não gerar", pondera Maurício. O projeto Educação pelo Sabor, desenvolvido pela escola desde o início do ano, propôs uma série de mudanças não só no cardápio dos alunos, mas no manuseio dos alimentos, com novas rotinas de preparação e logística, otimizando custos e evitando o desperdício.

 

LIXO PARA AQUECER A ÁGUA DOS CHUVEIROS - Hoje são gerados 2,5 toneladas de lixo, onde mais de 50% é orgânico. Além das composteiras, que geram adubo para a horta e jardins da escola, o material é usado para abastecer 10 biodigestores instalados na Unidade Olavo Bilac. Utilizando tecnologia israelense, os equipamentos convertem a energia gerada pelos resíduos orgânicos, em biogás, uma combinação de gás metano e dióxido de carbono. "Vamos usar o gás para aquecer a água dos chuveiros. Só na Olavo [Bilac] temos cerca de 200 banhos por dia, que serão aquecidos inteiramente pelo gás. Mas a intenção é ampliar, muito em breve, esse uso para as cozinhas", adiantou.

O Colégio também se dedica ao reuso de água. Atualmente são quase 200 mil litros de água de reuso, usada para fazer toda a limpeza dos pátios e sistema de irrigação, armazenada em dezenas de caixas d´água instaladas nas três unidades. A previsão é construir um uma mini-usina para beneficiamento do recurso, ampliando o reuso para as pias e vasos dos banheiros.

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FRALDAS USADAS QUE VIRAM CANETAS - Levando até 600 anos para se decompor, as fraldas descartáveis são consideradas grandes vilãs do meio ambiente. Sabendo disso, o Colégio Magno/Mágico de Oz, na Zona Sul de São Paulo, iniciou o processo de reciclagem de fraldas descartáveis usadas pelas crianças do Baby Oz e Total Care. Em parceria com uma empresa especializada em tecnologia para o descarte de resíduos, o Magno transformou mais de uma tonelada de fraldas usadas usadas, em duas mil canetas, que começaram a ser distribuídas para alunos, pais e visitantes.

Recolhidas em separado do lixo comum, na Unidade Olavo Bilac do Colégio Magno, as fraldas foram encaminhadas para a empresa, que transforma o material em resina plástica e realiza o processo de reciclagem. Devolvendo peças esterilizadas e prontas para serem usadas.

"São muitas as frentes de atuação: energia solar, água, resíduos como o lixo eletrônico, onde é possível que nossas unidades abram espaço para que pais e até a vizinhança possam descartar equipamentos eletrônicos. Enfim, nosso objetivo é que o Magno seja um lugar que segue o conceito de emissão zero. Um lugar 100% sustentável", concluiu Maurício.

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