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O trabalho em duplas. Abordagem metodológica e estratégia educacional.

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Por Escola da Vila
Atualização:

Em todas as classes da Escola da Vila, na maioria das situações de aprendizagem, o trabalho em duplas tem espaço importante. Presente em nossa escola desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, a importância desse tipo de agrupamento é tal, que já influenciou até mesmo na definição do mobiliário das salas e tornou-se marca visível de nossa forma de ensinar. Mas, nem sempre é claro para pais e visitantes a potencialidade pedagógica e educacional desse tipo de organização.

As duplas são formadas pelos professores e, eventualmente, pelos alunos. Sua funcionalidade é muito mais ampla do que a organização física das carteiras. A opção pelas duplas pode facilitar as aprendizagens, promover a construção de competências transversais, e garantir um relacionamento cooperativo e  construtivo entre os alunos.

 Foto: Estadão

Um dos ganhos mais evidentes é a fecunda troca de ideias ? além da grande circulação da informação?, por fluir com naturalidade e intensidade numa aula com essas características. Ganhos esses, valorizados no nosso modelo pedagógico, mas talvez não naquelas escolas em que a sala é organizada sempre para o silêncio e a centralidade do discurso do professor. Discutir, comparar, negociar, informar, perguntar, cooperar são desafios constantes numa sala organizada para promover a aprendizagem individual, mas também a construção coletiva do conhecimento.

 Foto: Estadão

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Porém, não basta simplesmente colocar os alunos sentados desta maneira e aguardar para que as coisas ocorram. As situações de aprendizagem devem ser desenhadas previamente, garantindo a intencionalidade da ação pedagógica ou, em outros termos, o planejamento detalhado da proposta de trabalho que os alunos devem realizar é o que garante que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados.

Anos de trabalho com alunos de diferentes idades, e em contextos de aprendizagem variados, nos permitem arriscar a definição de certas condições didáticas que o trabalho em duplas deve contemplar para tornar-se eficiente.

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 Foto: Estadão

É preciso considerar o conhecimento prévio e as capacidades individuais diante dos desafios da tarefa proposta; analisar o tipo de interação que se deseja promover; e elaborar bons comandos ou consignas para isso; definir o melhor momento para a sequência para o trabalho em duplas acontecer de acordo com os objetivos; e promover, sistematicamente, ao longo da escolaridade, reflexões pessoais e autoavaliações que levem à metacognição.

 Foto: Estadão

Em alguns momentos da vida escolar, um rodízio de duplas pode levar um aluno a trabalhar lado a lado com aquele outro aluno com o qual não se dá tão bem no recreio, nas atividades livres e, em tais circunstâncias, eles podem se queixar, na escola ou em casa.

 Foto: Estadão

Nesses casos, todos nós devemos ter muito claro que na Escola da Vila não se trabalha em duplas apenas para assimilar o conteúdo, mas também, e talvez, principalmente, para aprender a trabalhar com o outro - todo tipo de outro!

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